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quinta-feira, maio 2, 2024

Ludio diz que alianças podem fragilizar PT e debate irá apontar contradições do governador

O deputado estadual, Lúdio Cabral (PT), afirmou em entrevista à imprensa, que as forças de esquerda em Mato Grosso são pequenas e modestas, mas tem como dever duas responsabilidades nas eleições deste ano; contribuir para o programa nacional, para as propostas que o pré-candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva apresentará na campanha e a tarefa de apresentar um projeto para Mato Grosso, em oposição ao atual Governo.

Conforme o deputado, o partido precisa encontrar entre eles, os quadros e lideranças qualificadas para disputar o Governo e o Senado, e não buscar diálogos com aqueles que querem ver Mato Grosso fora da Amazônia Legal, ou ainda querer encontrar candidaturas majoritárias do outro lado da ‘trincheira’.

Ludio é contrário entendimento com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), pois, segundo ele, o gestor é filiado a “um partido que contribuiu com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e é responsável pela política econômica que foi desastrosa tanto no Governo Michel Temer como no Governo Jair Bolsonaro”.

“Na minha opinião, nós não precisamos fazer esse movimento, pois, isso nos descaracteriza do ponto de vista programático e nos fragiliza no ponto de vista eleitoral. Nós temos como encontrar nomes novos, inclusive em condições de nos representar na disputa eleitoral, porque se a gente se unir, somos nós, somos o PT, somos a esquerda. Nós vamos com muito mais energia ao encontro da população para defender o programa tanto para o país quanto para nosso Estado”, avaliou.

Lúdio lembrou das eleições de 2018, quando Fernando Haddad foi candidato a presidente, e mesmo sem ter um candidato a governador pedindo voto para ele, Haddad teve 35% dos votos em Mato Grosso. Para o petista, é esse eleitorado que partido tem condições de dialogar e construir uma aliança de esquerda e de centro-esquerda, para assegurar o palanque legítimo para o Lula e defender propostas a partir de Mato Grosso – para mudanças que o país precisa e apresentar candidatura ao Governo e Senado para enfrentar o projeto que governa Mato Grosso.

“Hoje, Mato Grosso é governado para atender interesse dos ricos. Mas, se o PT tiver candidato ao Governo que vai para o debate com Mauro Mendes, fazer o enfrentamento que aponte as contradições do Governo dele, nós teremos um resultado muito positivo nas eleições este ano”, ponderou Cabral.

Questionado em relação as últimas declarações da deputada federal e colega de partido, Rosa Neide, sobre alianças que podem acontecer em conversas com o prefeito Emanuel e o senador Carlos Fávaro, Lúdio disse que não trabalha com aquilo que não existe, mas, colocará todo seu esforço para que esses movimentos não se concretizem.

“Eu duvido que os gigantes do agronegócio rompam com Mauro Mendes, se tem uma coisa que eles têm, é inteligência para não torrar dinheiro em campanha eleitoral disputando entre si”.

O petista considera nula a hipótese de uma candidatura de Fávaro. “Isso está na cabeça de quem não compreende a forma que esse setor da economia se movimenta na política” -, e complementou: “Da mesma forma como eu não vejo a menor possibilidade do prefeito de Cuiabá renunciar ao mandato para disputar as eleições”, finalizou Lúdio Cabral.

DA REDAÇÃO COM VG NOTÍCIAS

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