26 C
Cuiabá
sexta-feira, abril 26, 2024

Servidor confessa que furtou vários celulares da Casa Civil e acaba preso

Sete celulares de 17 furtados de armário da Casa Civil do governo do Estado de Mato Grosso são recuperados após operação da Polícia Civil que obteve na Justiça mandados de busca contra pessoas que haviam habilitado os aparelhos.

O prejuízo com o furto supera os R$ 16 mil e foi percebido no mês de abril, quando responsáveis pelo setor comunicaram o fato à Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá, que iniciou as investigações. As ordens judiciais foram obtidas no mês de julho e na manhã de terça-feira (13) as buscas foram realizadas por 30 policiais civis.

Durante interrogatórios, os policiais obtiveram as informações que os levaram ao autor do furto. Um funcionário que atua desde 2004 como serviços gerais foi apontado como vendedor de um dos aparelhos e confessou o crime. Alexsandro Soares Gonçalves, 33, nunca figurou como suspeito, assegura o delegado que coordenou a operação, André Luís Prado Monteiro da Silva. Inclusive, no início, era apontado pelos colegas como dedicado e exemplar. Mas em depoimento, depois de ser apontado por uma vizinha como o homem que vendeu um dos aparelhos, admitiu que praticou o furto ao longo de meses.

No armário ficavam trancados 84 aparelhos novos, de marcas diversas, que seriam distribuídos a servidores para uso em serviço. Como ele era o primeiro a chegar na repartição pública, disse que forçava a porta e abria, sem o uso de chaves. Em seguida retirava as caixas da parte de trás para que o furto não fosse percebido. Foram furtados aparelhos Samsung A5 e Motorola G6, este último avaliado em R$ 1,2 mil.

No total, 17 pessoas foram conduzidas e 7 celulares recuperados. Um dos alvos é proprietário de uma empresa especializada no conserto e venda de celulares, localizada no bairro Cristo Rey, em Várzea Grande, que comprou 3 aparelhos. Um deles repassado a uma cliente de boa fé, que inclusive pagou alto valor pelo celular, adquirido pelo patrão e que seria descontado de seu salário. Alguns aparelhos foram anunciados em sites de compra e venda e trocados por outro, e não foram recuperados.

Ao ser interrogado, Alexsandro confessou apenas os furtos dos aparelhos que tiveram os usuários identificados, mas o delegado acredita que os demais foram levados por ele. De acordo com o delegado, as investigações continuam e os receptadores poderão ter a pena agravada conforme ficar comprovado dolo maior. No caso do comerciante poderá responder pela receptação dolosa e qualificada. Alexsandro será indiciado pela prática de peculato, podendo ser condenado de 2 a 12 anos de reclusão.

Fonte: Silvana Ribas – A Gazeta

Não perca