Dois policiais da ativa, além de ex-agentes expulsos das polícias Civil e Militar fazem parte de uma quadrilha especialista em crimes de tráfico de drogas, roubo de drogas de traficantes, extorsão e execuções para roubo e “queima de arquivo”.
Para desbaratar essa poderosa organização criminosa, que também atuava como milícia armada, a Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (4), em Cuiabá, a Operação Cérberus.
Mais de 50 policiais federais estão nas ruas para cumprir sete mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária, expedidos pela 7ª Vara Criminal da Capital.
Segundo as investigações, ao menos dois policiais ainda em atividades, além policiais civis e militares já excluídos, participavam da organização criminosa.
Segundo o DIÁRIO apurou, a Operação Cérberus tem como objetivo as prisões das principais lideranças da organização, bem como a descapitalização patrimonial do grupo.
A intenção da PPF é evitar a formação, o aumento patrimonial e a possível expansão da “milícia armada” em Mato Grosso.
A AÇÃO – Segundo a PF informou, os acusados estariam subtraindo carregamentos de drogas e vendendo o material para outros criminosos.
Alguns dos investigados possuem antecedentes criminais extremamente violentos, com passagens por extorsão, homicídios e tráfico de drogas.
Além do que os acusados vinham ostentando padrão incompatível com os rendimentos.
De acordo com a investigação, essas pessoas teriam aberto empresas de fachada, usando familiares para ocultar patrimônio.
Na operação, os policiais federais já apreenderam celulares, veículos e armas de fogo.
A Justiça determinou, ainda, o bloqueio de até R$ 5,5 milhões das contas dos investigados, além do sequestro de veículos e imóveis registrados.
AÇÕES CONJUNTAS – Em outubro deste ano, a Força Tática da Polícia Militar de Mato Grosso, com informações da PF, prendeu em flagrante quatro envolvidos com a quadrilha com 120 quilos de cocaína.
Na ocasião, segundo as investigações, também foram apreendidos três veículos, arma de fogo e quase R$ 60 mil em dinheiro vivo.
OPERAÇÃO CÉRBERUS – O nome da operação é uma referência a Cérberus, figura mitológica grega.
O monstruoso cão de três cabeças guardava a entrada do mundo inferior, o reino subterrâneo dos mortos.
O animal deixava as almas entrarem, mas jamais saírem, despedaçando ainda os mortais que por lá se aventurassem.
Uma alusão à forma extremamente violenta como agiam os integrantes da organização criminosa investigada.
Fonte: Diário de Cuiabá