Deu na coluna Radar, do site da revista Veja:
“O modelo de pecuária sustentável intensificada usado pela empresa PECSA (Pecuária Sustentável da Amazônia em Mato Grosso) é capaz de produzir carne emitindo quase oito vezes menos gases de efeito estufa do que a pecuária convencional realizada em pastagens degradadas.
Esse é um dos principais resultados de um estudo do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora).
De acordo com a pesquisa, se o modelo sustentável for aplicado em escala até 2025 no Estado do Mato Grosso, poderá evitar a emissão de 92 milhões de toneladas de CO2.
O volume representa quase 20% do total anual de emissões da agropecuária brasileira.
‘O mundo se pergunta como é possível produzir alimento e reduzir as emissões ao mesmo tempo. A resposta, no caso da pecuária na Amazônia, está na adoção de boas práticas. São poucos setores nos quais ganhos de eficiência podem gerar benefícios tão significativos’, destaca o diretor de governança e investimento da PECSA, Laurent Micol.
O sistema consiste em reformar pastagens degradadas e implantar um padrão com alta produtividade e sustentável, baseado em boas práticas agropecuárias, como o manejo rotacionado das pastagens e a suplementação nutricional.
O coordenador de projetos do Imaflora e responsável pelo estudo, Ciniro Costa Júnior, ressalta o pioneirismo da análise.
‘Diferentemente de outros estudos que avaliaram as emissões da pecuária de forma genérica, esse é o primeiro que faz uma comparação direta entre dois sistemas utilizando todos os parâmetros que são aplicados a partir das diretrizes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), e assim, demonstra em detalhes os efeitos das novas práticas na redução das emissões’, explica”.