Sojicultores de Mato Grosso se preparam para nova safra

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Foto: Marcos Souza e Kaito Oliveira/TV Centro América/Reprodução

Por Walter Quevedo, TV Centro América

O vazio sanitário da soja terminou em Mato Grosso e, com isso, os agricultores já podem dar início ao plantio da próxima safra. Na região sudeste, a soja será cultivada em 3.700 hectares, mesma área que a do último ano. Porém, os custos de produção aumentaram e, agora, o agricultor paga, em média, 40% a mais pelos mesmos insumos usados na safra anterior.

Em Campo Verde, a 139 km de Cuiabá, produtores já estão com praticamente tudo pronto.Um deles é o José Carlos Dolphine, que fechou o último ano com 62 sacas por hectare, mas, de acordo com os investimentos feitos, deveria ter tido um resultado de ao menos 65 sacas.

“Muita coisa ainda precisa acontecer para que isso se concretize, mas os investimentos e a parte operacional estão sendo feitas”, ressaltou.

De acordo com o engenheiro agrônomo da fazenda, Giovani de Paula Rosa, a preparação de solo está sendo finalizada e a fazenda foi dividida em duas partes – uma destinada ao plantio convencional, de gradagem, subsolagem e incorporação de calcário, a outra, a maior, para o sistema de plantio direto, que é o modo tradicional.

O sistema foi adotado devido à umidade da terra. “Muito maquinário em cima acaba compactando o solo e essa compactação prejudica muito o desenvolvimento da raiz”, explicou.

Em razão da pandemia, várias empresas tiveram problemas com mão de obra e acabaram não conseguindo atender a alta demanda do produtor rural, o que resultou em uma falta de produtos, e, quando os produtos acabam, os preços sobem.

Segundo o agricultor, o fertilizante foi um dos que mais tiveram alta nos preços, registrando um aumento de em média 270%. “O produtor brasileiro teve que contar com algumas ferramentas de análise de solo, é preciso consumir um pouco daquele colchão que ele vem construindo durante os anos”..

Segundo Dolphine, para se manter nesses momentos de preços exorbitantes, é preciso consumir um pouco da fertilidade que o produtor tem em solo próprio, o que diminui o consumo e a compra dos fertilizantes.

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