Queimadas exigem novo modelo econômico, diz deputado

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O alto índice de queimadas que já comprometeu 12% do Pantanal gera a oportunidade da classe política em promover um amplo debate a respeito de um novo modelo de desenvolvimento econômico para Mato Grosso. Essa é a avaliação do deputado estadual Wilson Santos (PSDB).

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) publicou um relatório na segunda-feira (14) em que aponta que os incêndios na área do Pantanal aumentaram 210% neste ano na comparação com o mesmo período de 2019..

Diante disso, o parlamentar utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (16) para alertar que é urgente a construção de políticas públicas e planejamento em conjunto para garantir o equilíbrio do desenvolvimento econômico com a necessidade de preservação ao meio ambiente.

“O modelo de desenvolvimento econômico em Mato Grosso precisa ser reavaliado. É um modelo que não distribui renda a todos. É um modelo que só enriquece meia dúzia. O que sobrará às futuras gerações? Deserto? Desaparecimento dos córregos, nascente dos rios, da maior bacia inundada por água doce do planeta que é o Pantanal? Até quando continuaremos assistindo a essa desacelerada destruição do meio ambiente do estado?”, questionou.  

Um dos políticos mais experientes de Mato Grosso, com mandatos já exercidos na Câmara Municipal de Cuiabá, Câmara dos Deputados, Prefeitura de Cuiabá e Assembleia Legislativa, o deputado Wilson Santos pregou a necessidade de um diálogo em conjunto das autoridades públicas com a comunidade científica para desenvolver projetos de preservação ao Pantanal mato-grossense.

“Nós, senadores, prefeitos, governadores, ministros, presidentes da República, estamos sendo incompetentes no manejo do Pantanal mato-grossense. Este é o resumo do que a população está vivendo. Tem que mudar o manejo da reserva de gado do Pantanal? Vamos discutir isso com a UFMT, UFMS, Unemat e Embrapa. Vamos debater esse tema em conjunto com a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e as prefeituras de Corumbá, Bonito, Barão de Melgaço, Poconé e tantas outras”, reforçou.

O parlamentar ainda citou a dissertação de mestrado do imunologista e mestre em Ciências da Saúde, Celso Saldanha, que trouxe o alerta de que Cuiabá poderá ser considerada inabitável nos próximos 20 anos em consequência do aumento gradativo da temperatura, das queimadas e da poluição, aliados às desvantagens geográficas.

“Esses estudos não podem ser menosprezados. A classe política e a comunidade científica precisam urgentemente patrocinar um debate para encontrar soluções imediatas a preservação do meio ambiente”, concluiu.

Fonte: ALMT

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