O governador em exercício Otaviano Pivetta (PDT) defendeu que o duodécimo destinado aos poderes tenham em 2020, os mesmos valores do que vêm sendo pagos, assim como aos pagamentos dos órgãos autônomos do Estado.
No comando da gestão enquanto Mauro Mendes (DEM) cumpre viagem oficial para a Bolívia, ele ressaltou que a gestão busca atender as demandas da sociedade. A declaração foi feita nesta última quarta-feira (25), em entrevista ao Jornal do Meio-Dia, da TV Vila Real.
“Na minha opinião é lamentável constatar que vamos precisar investir mais na segurança do que na educação, porque isto mostra um cenário preocupante, porque revela que estamos precisando gastar mais no passado e no medo do que investindo no futuro, nos estudantes. Então, claro, há algo errado!”
“Cabe ao executivo propor e firmar posição naquilo que achamos coerente e pensando no interesse da sociedade. O orçamento que vamos propor é um orçamento real. Acredito que a manutenção dos valores é razoável e coerente. Não estão tendo problemas com folha de pagamento ou infraestrutura nos outros poderes. O que está faltando é mais saúde e educação em Mato Grosso”.
Pivetta ressaltou que diariamente são recebidas demandas de todos os municípios e que medidas firmes são necessárias para que o Estado tenha capacidade de investir. Assim, acredita que os valores repassados aos poderes têm conseguido manter suas estruturas, o que não não ocorre em outras áreas como saúde e educação. De acordo com o gestor interino, existem muitas reclamações nestes setores, ainda que aponte que mudanças significativas nelas.
No entanto, classificou como preocupante a previsão orçamentária maior na área de segurança pública que, em 2020, será de R$ 3,4 bilhões, se comparado ao que será destinado à educação de R$ 3,3 bilhões. “Na minha opinião é lamentável constatar que vamos precisar investir mais na segurança do que na educação, porque isto mostra um cenário preocupante, porque revela que estamos precisando gastar mais no passado e no medo do que investindo no futuro, nos estudantes. Então, claro, há algo errado!”.
Duodécimos dos poderes
No relatório apresentado pelo secretário de Fazenda do Estado, Rogério Gallo, na terça-feira (24), ele explica que os orçamentos dos poderes do Estado não devem ser aumentados mais que os 4% da inflação de 2019. Isso porque ainda segue em vigência a emenda constitucional do Teto de Gastos.
Por conta disso, o Tribunal de Justiça terá um orçamento de R$ 1,1 bilhão; a Assembleia de R$ 527,1 milhões; Ministério Público de R$ 444,5 milhões; Tribunal de Contas de R$ 363,7 milhões; e Defensoria Pública de R$ 136,5 milhões. (Com assessoria)