Parte da fachada da Casa de Bem Bem, localizada no Centro Histórico de Cuiabá, desabou durante as chuvas que caíram no final de semana na capital. O casarão, cuja obra de revitalização foi retomada em novembro passado após intervenção da Procuradoria-Geral do Município (PGM), já havia sofrido um desmoronamento na semana passada, também causado pelas chuvas.
Como parte dos escombros se espalharam por uma das pistas da Rua Barão de Melgaço, onde o casarão está localizado, a via está parcialmente interditada.
Ao G1, o secretário municipal de Cultura, Francisco Vuolo, afirmou que a empresa responsável pela restauração do imóvel é quem está arcando com os custos adicionais por conta dos desmoronamentos e que deve retomar os trabalhos no local na terça-feira (12).
A ordem de serviço para início da reforma do casarão, que se trata de um patrimônio tombado, foi expedida em abril deste ano, mas os serviços foram paralisados, tendo a empresa responsável reiniciado os serviços no imóvel após reunião com a Prefeitura de Cuiabá e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-MT), há cerca de duas semanas.
“A empresa fez o destelhamento do imóvel no período inadequado, próximo das chuvas. Fizeram uma cobertura de lona, mas isso não foi suficiente para minimizar o desmoronamento de parte da fachada na primeira vez e, no fim de semana, caiu de novo”, disse Vuolo.
Devido aos incidentes, os trabalhos ficaram comprometidos e cerca de 80% da fachada foi comprometida. Segundo o secretário, o Iphan fez um projeto inicial de cobertura do imóvel e de escoramento da fachada, que foi repassado para a empresa na sexta-feira (8). A empresa já teria adquirido os materiais necessários para entrar na casa novamente a partir de terça-feira.
“O Iphan já orientou a empresa a retirar os escombros com os equipamentos específicos e ele será armazenado em caixas específicas para ser reaproveitado na restauração do imóvel. Esse material será reaproveitado, não da forma original, mas será incorporado à restauração”, afirmou o secretário.
Conforme a prefeitura, a empresa é quem está arcando com os custos adicionais causados pelos desabamentos e, depois que as ações emergenciais forem concluídas, a Procuradoria-Geral do Município deve apurar toda a situação, inclusive a questão da responsabilidade, para ver se cabe o pagamento de ressarcimento.
A reforma da Casa de Bem Bem integra o convênio federal com a Prefeitura de Cuiabá do PAC Cidades Históricas. A obra foi orçada, inicialmente, em R$ 2,1 milhões, mas o prazo para conclusão da reforma, porém, ainda não foi definido.
“Assim que fizer o serviço emergencial e conseguir impedir novos desmoronamentos, a empresa deve apresentar um cronograma da obra, com a previsão de conclusão”, disse Vuolo.