As Secretarias de Planejamento, Fazenda, Gestão e Educação do município de Santo Antônio de Leverger foram alvos nesta sexta-feira (25) de cumprimento de mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça a pedido do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco – Criminal). A ação contou com apoio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
Foram apreendidos documentos, pastas e arquivos relacionados aos contratos firmados entre o município de Santo Antônio do Leverger e a empresa Revitalizar Comércio de Peças e Serviços Ltda. Além de ordens de pagamento, de serviços, comprovantes da prestação de serviços, notas fiscais, recibos e empenhos.
De acordo com o Naco Criminal, os mandados de busca e apreensão foram autorizados nos autos de um inquérito policial que apura suposta prática de crimes de responsabilidade por parte do prefeito do município, Valdir Pereira de Castro Filho, e de outros envolvidos.
A investigação foi instaurada a partir de denúncias de vereadores do município, relatando que o prefeito teria quitado dívidas particulares de integrante da sua família com a utilização de recursos públicos. O montante seria proveniente de pagamentos indevidos realizados para a empresa Revitalizar Comércio de Peças e Serviços Ltda.
DENÚNCIA CRIMINAL: Além do cumprimento de mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (25), o Naco Criminal ofereceu ontem (24), no Tribunal de Justiça, denúncia pelo crime de corrupção passiva, cometido três vezes, contra o prefeito de Santo Antônio de Leverger , Valdir Pereira de Castro Filho, vulgo “Valdirzinho”.
Ele é acusado de ter recebido vantagens indevidas, em razão da função que exerce, em contratos relacionados às reformas de escolas, da sede dos Correios localizada no Distrito de Mimoso e recuperação de caixa d´água. Consta na denúncia, três fatos que demonstram o envolvimento do prefeito em solicitação de vantagens indevidas.
Segundo o Naco, o prefeito chegou a ser gravado recebendo a quantia de R$ 2.500,00 de um determinado empresário. Após a ocorrência dos fatos, a denúncia do empresário foi encaminhada à Câmara Municipal que rejeitou, por maioria, a abertura de qualquer investigação. Depois os fatos foram apresentados ao Gaeco, que encaminhou ao Naco Criminal, em razão do prefeito ter prerrogativa de foro.
Fonte: MPMT