Adversário do ex-governador Pedro Taques (PSDB) na eleição de 2014 na corrida ao Palácio Paiaguás, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) considera que as interceptações telefônicas clandestinas, ocorridas durante o período eleitoral pelo grupo tucano, interfeririam no resultado do pleito. “O ato é absolutamente antidemocrático”, disse o parlamentar.
Sem citar o nome de Taques, Lúdio defendeu a punição dos responsáveis pelos grampos clandestinos. Ele acrescentou ainda que na época da campanha não tinha noção das escutas ilegais. O petista ficou em segundo lugar na disputa pelo governo do Estado.
Conforme revelações de três réus no processo que ficou conhecido como “Grampolândia Pantaneira”, os coronéis Evandro Lesco, Zaqueu Barbosa e o cabo Gerson Côrrea, entre as escutas ilegais foi incluido o número do telefone do advogado José do Patrocinío.
Patrocínio, à época, coordenava a área jurídica da campanha do petista. Conforme os acusados na participação dos grampos, o grupo do ex-governador fazia escutas de adversários e, segundo Zaqueu, quando foi chamado para participar deste processo, o advogado Paulo Taques informou que estava com problemas na campanha. “Isso interferiu no resultado da eleição. Agora são fatos da história e não há o que falar sobre o que já aconteceu”.
“Todos os eventos e responsáveis serão punidos, assegurando o amplo direito de defesa”, disse o deputado na manhã desta quinta-feira (18).
Fonte: Gazeta Digital
Foto: JLSiqueira