Escola estadual desenvolve projeto que reutiliza água da criação de peixes para cultivo de hortaliças

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Projeto denominado ‘Cultivando Saberes’ foi desenvolvido pela Escola Estadual Estevão de Mendonça, de Guiratinga, e usa a técnica de Aquaponia

Por Adilson Rosa | Seduc MT

Alunos da Escola Estadual Estevão de Mendonça, em Guiratinga (a 329 km de Cuiabá), desenvolveram o projeto denominado ‘Cultivando Saberes’, que usa a técnica de Aquaponia. A iniciativa, que é exemplo de sustentabilidade, associa a criação de peixes com a produção de hortaliças, reaproveitando cerca de 98% da água utilizada em todo o processo de produção.

No sistema, que mistura criação de peixes com hortaliças, a água que ficaria na terra em uma horta convencional retorna para ser reutilizada por um sistema produtivo.

“Se utilizarmos cem litros de água numa horta convencional, essa água é utilizada para molhar as plantas e boa parte dela se perde na evaporação. Muito pouco é absorvido pela planta”, observa o diretor da escola, Marcelo Cavalcante Rocha.

Por esse sistema, a água tem um ciclo de filtragem no qual as fezes do peixe – fonte natural de produção de amônia – passa por um filtro de decantação. Depois é bombeada e passa por camas de cultivo direto para a irrigação das plantas. Após ser utilizada e filtrada, a água volta limpa para o tanque de peixes.

Marcelo Rocha destaca que o custo do projeto é praticamente zero. “Apesar da região de Guiratinga ter muitos rios o nosso sistema de abastecimento é deficiente”, observa o diretor. Ele lembra que uma das propostas do projeto é o fornecimento de hortaliças. Na região, por exemplo, não existem pequenos produtores que forneçam hortelã, cebolinha, coentro, alface e couve para compor a merenda escolar. Por essa razão, o projeto optou por essas variedades, além de morango.

O excedendo é comercializado em uma feira livre da cidade e o recurso retorna para o caixa da escola.

“O grande foco mesmo é estimular o interesse dos nossos alunos pela produção maior, solidificando a ideia do empreendedorismo, pois uma produção grande pode ser vendida para outras regiões”, comemora o gestor.

Foto por: Divulgação.

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