O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) rebateu nesta quarta-feira (4) a declaração do governador Mauro Mendes (DEM), que colocou em xeque a informação de que a Capital melhorou sua capacidade de pagamento (Capag), medida pelo Tesouro Nacional, de nota C para B.
“Convido ele a acompanhar os próximos capítulos, já que ele não perde um capítulo da história de Cuiabá. Não irei comentar mais nada sobre o assunto, apenas: aceita que dói menos”, disse Emanuel.
A declaração foi dada durante a assinatura do contrato da obra do Contorno Leste, na Capital, no valor de R$ 125 milhões, no Palácio Alencastro.
O intuito da Capag é apresentar de forma simples se um novo endividamento representa risco para o Tesouro Nacional, que dá aval às operações. Com a nota B, Cuiabá passa a ser considerada apta a contrair empréstimos para investimentos.
Conforme a Portaria n° 501 do Ministro da Fazenda, o aval da União a estados e municípios só pode ser concedido em caso de nota A ou B.
Emanuel cita que essa nota B de Cuiabá foi planejada desde julho do ano passado, quando criou o Comitê de Ajuste Fiscal.
“Dei algumas metas para esse comitê. Por isso que foi surpresa para alguns e pareceu estranho para outros. Para nós era perfeitamente planejado que Cuiabá viria para nota B já no começo de 2020, mostrando a nossa boa saúde fiscal”, declarou o prefeito.
Ele ainda afirmou que a meta que em fevereiro ou março do ano que vem Cuiabá esteja com nota A na Capag, independente de quem será o próximo prefeito. “Estamos mostrando aqui os resultados”, disse.
“Muito estranho”
A polêmica em relação à nota começou na segunda-feira (2), quando Mendes colocou em xeque a informação de que Cuiabá havia melhorado sua nota.
“Não tenho acompanhado esse assunto. Mas achei muito estranho esse ‘negócio’”, disse Mendes.
Por BRUNO GARCIA E CÍNTIA BORGES