As circunstâncias do desaparecimento de seis pessoas, no município de União do Sul (660 quilômetros, ao norte de Cuiabá), são apuradas pela Polícia Civil, por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que deflagrou, ontem (27), a operação “Insídia”. Na ação policial, foram cumpridas diversas medidas cautelares de prisões e de buscas e apreensões em municípios da região norte do estado e em Tocantins.
Até o fim da manhã de ontem, quatro pessoas foram presas, entre elas, um empresário e produtor rural e três policiais militares da ativa. Entre as medidas cautelares foi dado cumprimento a um mandado judicial de busca e apreensão na residência de um Delegado de Polícia, no município de Sinop, também na região norte de Mato Grosso. As prisões temporárias foram decretadas pelo juízo da comarca local, com prazo de trinta dias, podendo ser prorrogadas por igual período. A Polícia Civil não divulgou o nome de nenhum dos alvos.
Conforme informações da Polícia Civil, as investigações apuram os fatos ocorridos no dia 18 de abril deste ano, em uma fazenda no município de União do Sul. “Naquele local, foram encontrados diversos veículos com perfurações, estojos, munições, além de manchas de sangue e objetos pessoais, sem qualquer registro ou informação do que teria acontecido”, informou por meio da assessoria de imprensa.
Após a realização de dezenas de diligências, perícias técnicas, buscas pelos corpos, oitivas de testemunhas e de pessoas envolvidas, as investigações apontaram para a execução de pelo menos seis pessoas, seguidas da ocultação dos respectivos cadáveres. Entre as vítimas está um funcionário da fazenda que trabalhava no local onde o fato ocorreu. Ao que tudo indica as seis pessoas desaparecidas estavam planejando um roubo a uma fazenda do município.
“Além dos homicídios, são apurados outros possíveis crimes conexos, como cárcere privado, constituição de milícia privada, corrupção ativa e passiva”, destacou a PC. As ações foram realizadas com apoio da Gerência de Operações Especiais (GOE), a Polícia Civil do Tocantins e a Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso. As investigações seguem em andamento e ainda não há conclusão sobre o inquérito. Sabe-se até o momento que há fortes indícios que as vítimas foram executadas.
Fonte: Diário de Cuiabá