Por Rafael Medeiros
O depoimento da tenente do Corpo de Bombeiros Militar Izadora Ledur foi novamente adiado. Ledur iria falar no dia 16 de setembro, porém, agora só vai se pronunciar no dia 04 de novembro, mês em que se completa três anos da morte do aluno Rodigo Claro.
Além da tenente, serão ouvidos bombeiros e o perito que assinou o laudo da morte do soldado.
A tenente responde pelo crime de tortura que resultou na morte do aluno Rodrigo Claro, 21 anos, após treinamento do 16º curso de formação do CBM.
No despacho, o juiz Marcos Faleiros frisa que a decisão atende pedido da defesa, que alegou impossibilidade de comparecimento.
A primeira data para as oitivas – da última fase da instrução – estava agendada para 05 de agosto. No entanto, foi adiada para 16 de setembro, já que o magistrado teria audiências agendadas. Esta data também foi descartada. Desta forma, a inquirição das testemunhas, major BM Danilo Cavalcante Coelho, 1º tenente BM Janisley Teodoro Silva e do perito Dionísio José Bochese Andreoni devem ser adiadas e, consequentemente, a da acusada.
A morte de Rodrigo Claro
O aluno morreu no dia 15 de novembro de 2016 após participar de treinamento e atividades aquáticas, pelo 16º Curso de Formação de Soldado Bombeiro de Mato Grosso.
Segundo denúncia do Ministério Público, a vítima foi submetida, por várias vezes a sessões de afogamento durante a travessia na lagoa, sob o comando da tenente Ledur, o que resultou na sua morte.
Ledur responde também processo criminal, por tortura, resultando em morte, na Justiça Militar. Faltam serem ouvidas as últimas testemunhas e Ledur. A tenente ficou mais de 700 dias de licença médica após a morte do aluno. Voltou recentemente para a corporação e tenta a promoção para capitã.
Izadora voltou para a instituição em junho de 2018, como forma de evitar de ser aposentada por invalidez. Já que o estatuto dos militares é bem claro que se um militar permanecer afastado por mais de um ano contínuo, em licença para tratamento de saúde, será agregado .
Ledur entrou com atestados médicos [ao todo 13], sob a alegação de depressão, assim, revelando que estaria impossibilitada de voltar as atividades e, igualmente, de responder ao Conselho de Justificação do Corpo de Bombeiros. Seu primeiro atestado médico foi no dia 20 de dezembro de 2016.
Ela só será ouvida após depoimentos de todas as testemunhas.
Fonte: O Bom da Notícia