“Vamos chegar a R$ 100 milhões com patrocínios neste ano e seremos a camisa mais valorizada do futebol brasileiro. Quando chegarmos, avisamos vocês.” A declaração foi dada pelo diretor de marketing do Corinthians, Fernando Salles, em março de 2017, no anúncio de um novo parceiro.
Aproximadamente um mês após a projeção, contudo, o clube paulista perdeu seu patrocinador master, a Caixa, e não voltou a preencher o espaço mais nobre de seu uniforme desde então. No início de 2018, o Corinthians é a única das 12 grandes equipes brasileiras nessa situação.
Camisa de R$ 100 milhões
O Corinthians ainda não fechou as contas de 2017, mas a projeção é que os patrocínios tenham somado pouco mais de R$ 80 milhões em receitas. A maior fatia, R$ 52 milhões, vem do contrato com a Nike, enquanto R$ 28 milhões são de empresas que estampam a marca no uniforme.
Apenas o contrato com a Caixa, que se despediu da camisa corintiana em abril de 2017, garantia R$ 30 milhões anuais ao clube. Houve proposta de renovação, por um período de mais um ano (como para a maioria dos times) e redução no valor total (R$ 27 milhões), mas o clube não aceitou.
Apesar de não ter patrocinador master, o Corinthians fechou a última temporada com parceiros em todas outras propriedades do uniforme – Universidade Brasil (omoplatas), Foxlux (barra traseira) e Minds (manga) e Ultra (calção). Em 2018, ainda fechou mais um – Valle Express (manga).
No orçamento alvinegro para este ano, a projeção é que a receita de patrocínios chegue a R$ 87,2 milhões, só que, ao contrário do que foi 2017, a maior parte proveniente de contratos para o uniforme: R$ 63,5 milhões, enquanto o acerto com a Nike renderia mais R$ 23,7 milhões.
Os patrocinadores dos grandes
Fluminense e Vasco também iniciaram 2018 sem parceiros para o espaço mais nobre de seus uniformes, mas anunciaram acordos recentemente. No clube tricolor, o acerto foi com a mesma Valle Express que estampará as mangas do Corinthians; enquanto no cruz-maltino, com a Lasa.
O acordo do Fluminense é mais longo, de duas temporadas, válido até o fim de 2019, mesma duração dos vínculos que Grêmio e Internacional têm com o Banrisul para patrocínio master. Apenas o São Paulo tem um contrato mais longo pelo espaço, com o Banco Intermedium, até junho de 2020.
Já os clubes que têm contrato com a Caixa começam o ano com a marca nas camisas, mas vivem cenário de incerteza, já que os contratos venceram ao final de 2017. São os casos de Atlético-MG, Botafogo, Cruzeiro, Flamengo e Santos, que negociam renovações para seguir com a parceria.
Completa a lista dos 12 grandes brasileiros o Palmeiras, que têm contrato com a Crefisa até janeiro de 2019. O diferencial da empresa em relação aos outros clubes, porém, é que o patrocínio não se limita ao espaço na camisa, já que a parceira participa também de contratações.
Novidades à vista?
Desde a saída da Caixa, o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, tem dito que o clube mantém conversas e negociações por um novo patrocínio master. No fim de 2017, chegou a falar em “negociações avançadas”, mas o dirigente deixará o cargo, no início de fevereiro, sem um acerto.
Segundo Fernando Salles, são justamente as eleições presidentes, que acontecem no próximo dia 3 de fevereiro, que pausaram as conversas. “Estamos esperando a definição do novo presidente para seguirmos com as negociações”, disse o diretor de marketing ao ESPN.com.br.
A proximidade com o pleito, contudo, não impediu o acerto com a Valle Express, que estampará uma das mangas do Corinthians no ano. Os valores do negócio não foram divulgados. No Fluminense, a empresa pagará cerca de R$ 9 milhões anuais pelo patrocínio master, segundo o “UOL”.