Comerciante é preso após criar perfil falso para obter fotos íntimas de meninas e homossexuais

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Por Rafael Medeiros

O comerciante C.V.M., 38 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira (29), acusado de criar um perfil falso na internet, para obter fotos íntimas de adolescentes. A prisão foi realizada durante operação da Polícia Civil chamada ‘Voyeur’.

Foram cumpridos dois mandados de buscas e apreensões no município de Tapurah (a 414 quilômetros de Cuiabá), nos bairros Cristo Rei e São Cristóvão.

O objetivo da operação era de localizar materiais pornográficos, bem como fotos ou vídeos de uma adolescente, de 17 anos, que foi enganada e induzida a enviar ao suspeito, identificado como Gustavo T., que conheceu através das redes sociais. Ambos tiveram um relacionamento de aproximadamente oito meses.

Desconfiada, a menor procurou a delegacia, onde explicou aos policias que no inicio tudo parecia ser real, pois no perfil tinha foto de um jovem de boa aparência. Eles teriam conversado por várias vezes e também recebia presentes do namorado, mas nunca teve contato com ele pessoalmente. A menor contou que ele também seria muito romântico e que esperava ansiosa para encontrá-lo.

 

“Ele se apresentava como um jovem de boa aparência e muito romântico e ela, por estar apaixonada, esperava ansiosa para encontrá-lo. Porém nos últimos dias, a adolescente começou a desconfiar do namorado virtual, percebendo algumas atitudes estranhas da parte dele, que a levaram a ficar com medo”, disse a delegada Vanessa Aguiar.

A Polícia Civil, ao descobrir a verdadeira identidade do suspeito e, com o mandado de busca e apreensão expedido pelo Fórum da Comarca de Tapurah, chegou até o comerciante. Com ele, os policiais localizaram um aparelho celular que continha o perfil fake denominado Gustavo T., além das fotos intimas da adolescente, de 17 anos. Ele foi preso em flagrante pelo crime previsto no Art. 241-b do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Segundo a Policia Civil, o suspeito ainda tinha um perfil falso com a foto e o nome do sexo feminino, que também era usado para tentar conseguir fotos intimas de homossexuais. Suspeita-se que ela tenha feito outras vítimas.

“É preciso que adolescentes tenham muito cuidado em relacionamento através de redes sociais e em hipótese alguma envie fotografias de sua intimidade para desconhecidos e utilizando esses meios”, destacou a delegada.

 

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