Avô estuprador contaminou ‘neto’ de 7 anos com doença venérea; preso teme morrer no Carumbé

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Foto: Chico Ferreira A Gazeta

Por Rafael Medeiros

Laudo médico comprovou que menino de 7 anos, estuprado pelo namorado da avó, foi infectado por doença venérea.  O garoto ainda passou por cirurgia de reconstrução anal, tamanha a brutalidade do abuso que sofreu.

A denúncia foi feita pela mãe do menino, no dia 10 de junho, depois que percebeu que o filho apresentava lesões no ânus e defecava sangue. Detalhe, a própria mãe da criança, G.C.H. 30, também foi abusada sexualmente quando tinha 9 anos, pelo mesmo suspeito, seu padrasto, Francisco Raimundo Holanda de 55 anos.

A Justiça decretou a prisão temporária do aposentado que reagiu à prisão e tentou pular da viatura em movimento, ao ser preso na tarde de segunda-feira (29).  Ao ser preso, em casa, no bairro Tijucal, Francisco reagiu violentamente e negou o crime.

À polícia, familiares contaram que Francisco andava nu pela casa do menino, porém, sempre brincando. A mãe do menino de 7 anos confirmou que, por algumas vezes, teve que deixar o filho na casa do homem, por trabalhar em turnos, e o menino teria dormido lá.

Ao ser ouvido pela equipe multidisciplinar da Delegacia Espec. de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), a criança confirmou que teria sido abusada pelo avô. “O meu avô colocou o piu-piu no meu bumbum”, revelando que os abusos aconteciam no banheiro da casa. Disse ainda que tinha medo dele e que sentia muita tristeza.

O delegado Wagner Bassi Júnior pediu a prisão que foi decretada pelo juízo da 14ª Vara da Capital.

Outras vítimas 

As duas filhas da companheira de Francisco, uma de 30 anos [mãe do menino] e outra de 41 anos, registraram boletim de ocorrência na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, confessando o assédio sexual praticado pelo padrasto, quando ambas ainda eram menores de idade, entre 9 e 10 anos. Uma delas contou que as duas eram sondadas por ele quando iam tomar banho e dormiam de calças compridas, pois várias vezes acordaram com ele apalpando parte de seus corpos.

A duas mulheres ainda revelaram que eram xingadas pelo suspeito e ameaçadas de agressão física.  Essa denúncia também foi realizada em junho, logo após a denúncia na Deddica, e teve procedimento policial instaurado.

‘Amigo da família’

De acordo com o delegado Wagner Bassi Júnior, a maioria dos crimes sexuais contra crianças e adolescentes são cometidos por pessoas próximas das vítimas. Eles utilizam do poder que têm sobre a criança para coagi-las a praticar os atos sexuais.

É muito importante que os pais e responsáveis fiquem atentos às atitudes da criança e do adolescente. Se notar uma mudança radical no comportamento delas, se notar que a criança apresenta lesões nas partes genitais, elas devem conversar com a criança, procurar alguém ou até mesmo a delegacia para investigar se elas estão sendo vitimas de algum tipo de crime.

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