O projeto arquitetônico influencia diretamente na saúde pública e no bem-estar das pessoas. Uma casa com ventilação adequada, por exemplo, pode prevenir muitas doenças, tais como rinite, sinusite, tosse e asma. Uma iluminação ideal pode contribuir no emocional. A acessibilidade também é ponto importante. É necessário preocupar-se com a facilidade de locomoção de idosos ou portadores de necessidades especiais, tomando cuidado com a escolha de pisos, tamanhos de portas e de banheiros e também de mobílias.
Esses fatos também explicam o crescente número de espaços destinados ao lazer e manutenção da qualidade ambiental nas cidades. Em áreas urbanizadas, os problemas com o meio ambiente ganham maior amplitude. Segundo projeções da Organização das Nações Unidas (ONU), até 2030, 90% da população mundial viverá nas cidades. Dentro deste contexto, faz-se necessária a adoção de medidas que tenham como objetivo a diminuição dos efeitos negativos produzidos pela urbanização acelerada e desordenada.
Vanessa destaca que existe uma certificação, a WELL, que monitora os impactos dos empreendimentos na saúde e bem-estar dos usuários através de medições periódicas do ar, água, nutrição, iluminação, atividade física, conforto e mental. “Avaliam: acesso à iluminação natural; iluminação artificial apropriada; ofuscamento e temperatura de cor. Há requisitos voltados a incorporar atividades no dia a dia dos usuários, através da inclusão de escadas ergonômicas, projeto exterior agradável e com conexão a infraestrutura local”, pontuou.
Todo esse processo é responsável por impulsionar o mercado e desafiar os arquitetos e urbanistas a olharem não somente para o meio ambiente, mas também para as particularidades dos espaços construídos, onde o conforto do usuário é colocado em primeiro lugar. (Simone Alves, Comunicação CAU/MT)