Requerimento que pedia que mais pessoas fosse ouvidas pela comissão foi votado e reprovado. Com isso, relatório deve ser concluído.
A maioria dos vereadores decidiu em sessão realizada nesta sexta-feira (16) pelo fim das oitivas da CPI que investiga a conduta do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), depois dele aparecer recebendo dinheiro vivo em vídeos.
Eles votaram contra o requerimento do vereador Dilemário Alencar(Pros), que pedia o cancelamento da aprovação do pedido do vereador presidente da Câmara de Cuiabá, Justino Malheiros (PV), ao argumentar que várias pessoas ainda deveriam ser ouvidas pela comissão antes do fim da investigação.
Com isso, encerraram-se os depoimentos da CPI e a comissão vai elaborar um relatório sobre o que foi apurado. Ficou definido um prazo de 10 dias para confecção da ata e, depois disso, o relatório deve ser apresentado.
Os vereadores também não podem apresentar novos requerimentos, mas podem apresentar provas que podem subsidiar o relatório.
A CPI também convidou o prefeito investigado para comparecer à Câmara no próximo dia 23 para apresentar defesa.
A Comissão Parlamentar de Inquérito foi montada para investigar a conduta do prefeito, após ele aparecer em vídeo recebendo dinheiro das mãos de Sílvio Cézar Corrêa, ex-chefe de gabinete de do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (MDB).
Os vídeos foram entregues à Procuradoria Geral da República (PGR) no acordo de delação premiada firmado por Silval. Sílvio também firmou acordo de delação.
A CPI foi encerrada 71 dias antes do prazo previsto e o presidente da comissão, Marcelo Bussiki (PSD), diz que houve “manobra” de parlamentares que pertencem à base do prefeito para defendê-lo.
Até agora foram ouvidos o ex-governador Silval Barbosa, Sílvio Corrêa, o ex-secretário estadual de Indústria e Comércio, Alan Zanatta, e o servidor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Valdecir Cardoso.
Sílvio disse que o dinheiro que Emanuel Pinheiro aparece recebendo em vídeo é de propina. Emanuel nega ter sido beneficiado com esquema de propina no governo.
Silval também afirmou que o dinheiro era de propina. Segundo ele, o dinheiro foi entregue como parte de um acordo para aprovação de obras e projetos da Copa do Mundo de 2014, MT Integrado e outros programas do governo.
G1 MT