A venda de ativos inadimplentes é uma alternativa para auxiliar a reestruturação administrativa e financeira
Gerar valor em tempo de crise vai além de um ditado popular ou frase de efeito, na prática, o mercado de ativos e de ativos estressados permite que empresas cedam seus créditos inadimplentes para agentes financeiros especializados em negociar dívidas. As transações podem ser realizadas judicialmente ou extrajudicialmente e auxiliam no processo de reestruturação administrativa e financeira.
A oferta destes créditos no mercado, entretanto, exige uma análise criteriosa da carteira para checar a viabilidade tanto para o cedente, que cede a dívida, quanto para o cessionário, que contrata este passivo. As avaliações devem considerar os aspectos processuais e de direito material, assim como o comprometimento financeiro da empresa e a real possibilidade de recuperação.
O advogado especialista em recuperação judicial Antônio Frange Júnior explica que a análise de carteira de ativos estressados é uma etapa crucial para o processo de reestruturação e para apontar as alternativas mais viáveis para isso.
“Nem sempre o empresário tem conhecimento sobre as oportunidades existentes no mercado, inclusive para quem está com dívidas. A cessão destes passivos para agentes é uma via para a retomada de atividades e para o acesso a linhas de crédito”, afirma Frange Júnior.
Neste segmento, os escritórios de advocacia fazem a mediação entre a empresa endividada e os agentes de ativos, buscando as melhores condições e retornos financeiros aliado à segurança jurídica da transação. “Por se tratar de um mercado complexo, é preciso buscar todas as garantias legais para o que o cedente tenha o retorno esperado e consiga se reorganizar”, explica o advogado.
De acordo com o especialista, uma análise mal sucedida pode levar a tomadas de decisão erradas e até à falência desnecessária. “A recuperação judicial, a venda de ativos estressados, os acordos entre credores, tudo isso requer profissionalismo e expertise, se não o resultado pode culminar numa insolvência irreversível” afirma Antônio Frange Júnior.
Da Assessoria de Imprensa