Água, luz, telefone, segurança patrimonial, limpeza, Restaurante Universitário e Casas do Estudante. Manutenção de laboratórios e compra de materiais: a direção da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) pode ser obrigada a suspender todas as atividades, sem previsão de retorno.
Fonte do LIVRE assegura que a reitora Myrian Serra se reuniu com a diretoria da UFMT na última sexta-feira (23) e, na ocasião, teria avisado que a instituição só tem saldo em caixa para funcionar até o dia 31 de agosto.
De acordo com o que Myrian teria informado, caso o Governo Federal não repasse mais dinheiro, a universidade não será capaz de manter os compromissos firmados em contrato. As dívidas foram apresentadas em um slide, com a situação financeira da instituição.
Conforme os dados, a UFMT possui um gasto mensal de R$ 6,1 milhões com esses contratos. No valor estão incluídos gastos com a vigilância, portaria e limpeza – além do Hospital Veterinário (Hovet).
A maior despesa mensal é contraída no campus Cuiabá, onde os valores somam R$ 3,37 milhões mensais. O valor equivale a 55,29% das despesas.
Ainda segundo a apresentação, até o fim do ano as dívidas chegam a R$ 15,7 milhões. E acrescidos os custos do Pasep, o valor chega a R$ 20,6 milhões. No entanto, a UFMT deverá receber, até dezembro, R$ 15,5 milhões.
Na avaliação da reitora – apresentada na reunião -, é possível que, a partir de setembro, haja novo corte de energia e água. A rescisão contratual dos demais serviços e a interrupção nas atividades acadêmicas também são consequências.
Outro lado
O LIVRE tentou contato com a reitora Myrian Serra, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.