“Tudo irá por água abaixo em MT sem a reforma da Previdência”

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O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), fez um alerta à classe política: sem a aprovação da reforma da Previdência, os avanços obtidos nos últimos meses em Mato Grosso irão por água abaixo.

Considerada a atual prioridade número 1 do Palácio Paiaguás, a expectativa é que a matéria seja encaminhada ao Legislativo nas próximas semanas.

Botelho citou como motivo de extrema preocupação dados apresentados pelo governador Mauro Mendes (DEM), na semana que passou. O déficit, por exemplo, chegará a R$ 31 bilhões nos próximos 10 anos, caso as regras aplicadas ao funcionalismo público não sejam revistas.

“É um problema que temos que discutir agora, não adianta empurrar com a barriga. Temos que fazer esse enfrentamento agora. Não adianta querermos só os aplausos de todos os setores”, disse.

Não adianta querermos só os aplausos. Temos que entender que estamos aqui para trabalhar para o futuro do Estado, não apenas para nosso futuro político

Ainda durante a entrevista, Botelho reforçou que seu partido apresentará um nome para concorrer à Prefeitura de Cuiabá, mesmo com a proximidade de alguns integrantes do DEM com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que deve tentar a reeleição.

 

O parlamentar ainda falou sobre os 10 meses iniciais da administração Mauro Mendes que, para ele, já está conseguindo reverter o “primeiro momento negativo de Governo”.

 

Confira os principais trechos da entrevista:


MidiaNews – A Assembleia tem agora uma discussão fundamental para o equilíbrio do Estado, que é a questão da Reforma da Previdência. Como está essa matéria?

 

Eduardo Botelho – O Estado vinha numa situação precária em todos os sentidos, com um déficit anual de quase R$ 1 bilhão, fora o déficit da Previdência. Então, o Governo tomou algumas medidas junto com a Assembleia.

 

Em janeiro foram feitas mudanças que, entre outros pontos, paralisaram as progressões de servidores e a RGA [Revisão Geral Anual] automática. Fizemos uma votação em cima do Fethab, para reajustá-lo. Isso deu um ganho para o Estado de quase R$ 1 bilhão para as obras. Fizemos uma revisão dos incentivos fiscais, o que deve refletir ano que vem na faixa de R$ 500 milhões a R$ 700 milhões.

 

Mas tudo isso que fizemos irá por água abaixo em Mato Grosso se não fizermos a reforma da Previdência. O déficit vem crescendo exponencialmente. A previsão é chegar a R$ 31 bilhões em 10 anos. Fazendo um pequeno relato, chegamos a esse cenário primeiro porque o número de aposentados aumenta cada vez mais, já que a expectativa de vida da população tem aumentado. Vai chegar ao ponto de o Estado não ter condições de pagar seus aposentados ou terá que parar de fazer obras, parar de atender a Saúde… Isso ninguém quer.

MidiaNews – E que proposta é mais adequada para o momento?

 

Eduardo Botelho – A mais adequada seria aderir ao que já foi discutido a nível nacional. Lá já houve ampla discussão, amplo debate e chegou ao que foi aprovado. Acho que o mais viável seria isso, com algumas mudanças. Como, por exemplo, colocar que os poderes possam aderir a essa reforma. Coisas que podemos criar com algumas modificações. Mas acho que o melhor caminho é esse. E parece que o entendimento de grande parte dos deputados também é esse.

 

MidiaNews – E em relação à idade e aos percentuais de contribuição?

 

Eduardo Botelho – A questão do percentual, o Estado terá que fazer. Porque a PEC aprovada no Congresso Nacional dará um prazo através de decreto. Então, provavelmente, o Governo Federal fará um decreto dizendo que quem ficar com a Previdência deficitária vai pro Cadin [Cadastro de Inadimplentes]. O Estado vai ter que se virar, não vai receber nada da União. Isso é ponto pacífico. Então, essa adequação de percentual tem que ser feita.

tudo isso que fizemos pode ir por água abaixo, se não fizermos a reforma da Previdência. O déficit vem crescendo exponencialmente, a previsão é chegar a R$ 31 bilhões em 10 anos

 

E o que vai sobrar além disso? As discussões de idade para aposentadoria, as aposentadorias especiais. Acho que a Polícia Militar, por exemplo, já entra no que foi aprovado em Brasília para as Forças de Segurança. E vejo que temos que entender que o que policial vai para as ruas tem que estar apto para enfrentar bandidos.

 

Ninguém vai querer um cara de 65 anos correndo atrás de bandido. É a mesma coisa que me mandar correr atrás do bandido, ele vai dar uma rasteira em mim. E aí já era! Então, essas situações a gente entende que são realmente diferenciadas. Mas isso já foi amplamente debatido lá no Congresso, vejo que não há muito o que mudar neste sentido.

 

MidiaNews – É claro que é um tema delicado, espinhoso e que mexe com muitos interesses e privilégios. Tanto a Assembleia quanto o Governo estão preparados para esse enfrentamento?

 

Eduardo Botelho – Costumo dizer o seguinte: estamos aqui para discutir os problemas do Estado. É um problema que temos que discutir agora, não adianta empurrar com a barriga. Vamos ter que discutir e pode ser em uma situação bem pior se nós demorarmos mais. Temos que fazer esse enfrentamento agora. Não adianta querermos só aplausos. Temos que entender que estamos aqui para trabalhar para o futuro do Estado, não apenas para nosso futuro político.

 

Se eu pensar: “Ah, ano que vem tem eleição, quero eleger prefeitos, quero eleger vereador. Quero o povo gritando e aplaudindo”. Não é por aí. Temos que entender que temos que resolver o problema do Estado para as futuras gerações, futuros aposentados.

 

MidiaNews – Em um cenário otimista, qual seria a expectativa do início desta tramitação e aprovação?

 

Eduardo Botelho – Depende. Se for PEC, a tramitação é um pouco mais demorada. Lei Complementar pode ser mais rápida e precisa de uma menor quantidade de votos (13). Se for PEC de adesão, são necessários 15 votos. Então, são aspectos que só na hora em que o projeto estiver tramitando aqui é que vamos ter esse sentimento de quanto tempo vai demorar.

 

MidiaNews – Mas deve começar esse ano ainda?

 

Eduardo Botelho – Espero que sim. A questão é urgente, necessária. Não podemos ficar esperando fevereiro, quando retornar as atividades. Não dá. Temos que começar essa discussão e, se possível, terminar ainda este ano.

 

MidiaNews – Há outro projeto tramitando aqui na Casa, também considerado polêmico e que parece que emperrou, que é o cota zero da pesca. Vocês desistiram desse debate?  

 

Eduardo Botelho – De modo algum. Criamos uma comissão para estudar o projeto. Essa comissão não prosperou, infelizmente não apresentaram nada. Então, reuni o Colégio de Líderes para ver o que vamos fazer. Ficou definido que iremos trazer a secretária da Sema [Mauren Lazaretti] no Colégio de Líderes, sem “oba oba”, pra ela mostrar aos deputados o que ela pretende, como criou o projeto. E aí, os deputados tenham a convicção de seu voto, de seu posicionamento.

Não vamos agora recuperar o rio e os pescadores que ‘se danem’: ‘vão caçar serviço em hotel, atender turista, aprender a falar inglês’. Não dá para fazermos isso neste momento

MidiaNews – Há estudos defendendo o projeto, outros especialistas dizem que não trará um efeito como pretende o Governo. Há um estudo sobre isso? É necessário?

 

Eduardo Botelho – Nós não encomendamos. Talvez seja necessário. Não sei, vamos aguardar a secretária expor o ponto de vista do Governo. Há várias questões, como a do pescador, que vejo como o elo mais fraco. Ele é quem realmente vive da pesca. Essas pessoas têm que ser vistas. Não vamos agora recuperar o rio e os pescadores que se danem: “Vão caçar serviço em hotel, atender turista, aprender a falar inglês”. Não dá para fazermos isso. Temos que respeitar a história dessas pessoas, que estão aqui há mais de 300 anos trabalhando na pesca. Temos que recuperar os rios, mas olhar para a sobrevivência deles.

 

MidiaNews – Hoje o senhor é a favor do projeto?

 

Eduardo Botelho – Sou a favor desde que crie condições para o pescador. Não sou a favor de deixar o pescador desamparado. Uma solução seria o Estado pagar esse período do projeto, que é de cinco anos.

 

Todo ano esses pescadores já recebem da União por 4 meses [período da piracema] e então receberiam os outros 8 meses do Governo do Estado. É justo isso. A secretária disse que se for pagar para todos, fazendo um recadastramento de quem realmente é pescador, daria em torno de R$ 22 milhões a R$ 30 milhões ao ano. Individualmente, um salário mínimo. Acho que é o que devemos fazer.

 

MidiaNews – Tratando da questão político-eleitoral, o senhor é um dos principais líderes do DEM e as articulações em torno do processo eleitoral do próximo ano começam a se intensificar. Como está o partido em relação às eleições de 2020?

 

Eduardo Botelho – Fizemos uma reunião há poucos dias e ficou definido que o partido fará reuniões regionais. E depois em todos os polos, no sentido de fortalecer o partido, criar candidaturas próprias, convidar pessoas para vir para a sigla, formar chapa boa de vereadores. E até lá pelo mês de abril ou maio, faremos uma avaliação para saber em qual município o partido realmente ganhou peso para ter candidatura. De antemão, foram definidas algumas cidades que terão candidato: Várzea Grande, Cuiabá, Cáceres, por exemplo.

 

Várzea Grande porque tem o nome forte da prefeita Lucimar Campos e do senador Jaime Campos; Cuiabá porque o governador Mauro Mendes entende que foi prefeito, saiu com grande aprovação, o que, inclusive, o levou a ser eleito governador. E ele, evidentemente, gostaria de ter um candidato dele – o que acho justo. Então, estamos com esses objetivos.

 

MidiaNews – Muitos líderes do DEM têm uma amizade e uma simpatia considerável pelo prefeito Emanuel Pinheiro, que deve sair à reeleição. Não corre o risco de o partido ter um candidato oficial e outros líderes fazerem um apoio velado ao prefeito?

A candidatura está praticamente definida, o governador faz essa exigência e ele é o líder maior do partido

 

Eduardo Botelho – Isso sempre é possível, né. Tem muitos que têm uma amizade especial com o prefeito. Eu, por exemplo, tenho uma amizade especial com ele. Agora, o partido é maior. Se o partido tem um candidato e somos partidários, temos que entender isso.

 

Mas pode acontecer isso, depende do candidato. Se for um candidato que agregue, que traga confiança, pode ser que não. Se for candidato que não consiga agregar, aí pode ter esses apoios velados como você falou. É possível.

 

MidiaNews – Em tese, o tempo também corre a favor do atual prefeito. Ele está com a máquina na mão, é um político nato, tem apoio de lideranças e está usando o cargo para ganhar viabilidade. Qual seria o momento ideal de o DEM definir a candidatura aqui na Capital?

 

Eduardo Botelho – Definir o nome né. A candidatura está praticamente definida, o governador faz essa exigência e ele é o líder maior do partido. Agora, nomes só ano que vem. E o que acabei de dizer: esse nome é que vai ser o diferencial. Se ele é agregador, se consegue agregar as pessoas que – apesar de partidários – têm uma simpatia pelo prefeito. Enfim, isso só será definido durante o ano.

MidiaNews – O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, teria esse perfil agregador?

 

Eduardo Botelho – Acho que tem que dar a oportunidade de quem quer que seja candidato, construir. Pode ser o Mauro Carvalho, pode ser o Fabio Garcia, Gilberto Figueiredo, Rogério Gallo. Enfim, dar oportunidade a quem tem vontade. Primeiro o cara tem que ter vontade. Tem que dizer: “Quero ser prefeito de Cuiabá, quero trabalhar pela cidade, quero me dedicar a Cuiabá”. E aí dar condições para a pessoa construir isso no partido e, depois, construir alianças. Porque sozinho não ganha eleição.

 

MidiaNews – O senhor descartou mesmo a possibilidade de concorrer aqui na Capital?

 

Eduardo Botelho – Eu não sou candidato a nada, nem a prefeito, nem a senador, a TCE, a nada. Sou candidato a presidente da Assembleia e candidato a fazer uma boa gestão aqui como presidente, ajudar o Estado nesse momento de crise.

 

MidiaNews – Mas ainda assim, há comentários muito fortes nos bastidores dando conta de que, abrindo uma vaga ao TCE, o senhor teria interesse.

Eu não sou candidato a nada, nem a prefeito, nem a senador, a TCE, a nada

Eduardo Botelho – Diria o seguinte: hoje não tenho interesse nenhum. Não sei se daqui a pouco possa despertar essa vontade. Não tenho vontade de ir para o TCE, não é meu perfil. Então, não sei.

 

MidiaNews – E o “sonho de menino”, de ser prefeito de Várzea Grande, continua?

 

Eduardo Botelho – Isso continua. Acho que lá na frente quem sabe eu possa ser prefeito lá.

 

MidiaNews – Ainda tratando dos nomes que o senhor citou como possíveis candidatos do DEM, a maioria é de secretários de Estado. O eleitor, de certa forma, tem uma visão de que são pessoas mais distantes da população. Isso também não é uma vantagem ao prefeito, que já está na política há mais tempo, tem esse contato mais próximo da população?

 

Eduardo Botelho – Acho que a gente tem que esperar para ver. A população de repente tem um entendimento. Tem alguns que acham que o Gilberto é um grande candidato. E ele é um dos caras mais fechados que tem, inclusive para atender os companheiros, os políticos. Ele é muito fechado, mas muitos acham, entendem, que ele é um grande nome. Então, vejo que essa situação é muito relativa. Temos que esperar a disputa andar para ver como a população vai entender. Uma coisa é a minha cabeça, outra coisa é a cabeça do povo.

 

MidiaNews – Em relação ao Gilberto Figueiredo, dizem que ele estaria fazendo um bom trabalho na Saúde e que o governador não abriria mão dele na Pasta, sob o risco de perder esse ritmo das ações. O que o senhor acha disso?  

 

Eduardo Botelho – Acho que tudo é possível. Mauro Mendes falou até o último minuto que não era candidato, depois virou. Então, de repente, ele fala que não libera e na última hora fala que é preciso para ajudar Cuiabá. Então, tudo pode acontecer.

 

MidiaNews – E, na campanha do próximo ano, o senhor acredita que o governador vai mesmo entrar de corpo e alma para tentar eleger o candidato dele, especialmente considerando que é contra o Emanuel?

 

Eduardo Botelho – Isso é uma questão pessoal dele. Acho que ele é um grande cabo eleitoral, e isso não se discute.

 

MidiaNews – Mas há o risco de o governador entrar de cabeça e perder. Aí ficaria ruim pra ele, né?

 

Eduardo Botelho – Perder eleição é ruim para todo mundo. Em qualquer circunstância é ruim perder. Seja governador ou não, é ruim perder.

 

MidiaNews – A Prefeitura de Cuiabá é estratégica para a política estadual. Muitos têm elogiado a gestão do prefeito Emanuel, sua dinâmica, as obras, mas há também uma questão negativa muito forte contra ele, que é o episódio do paletó. Isso é um complicador para o projeto de reeleição?

 

Eduardo Botelho – Costumo dizer sempre o seguinte: às vezes há muita confusão entre um fato e outro. Não tenho essa leitura ainda porque precisamos ver no decorrer. Agora, que a oposição e quem é contra ele vai usar esse episódio é fato. Sabemos que vai. Hoje, que nem estamos em campanha ainda, já tem gente usando isso para, evidentemente, queimar o prefeito, macular a imagem dele. Calcula quando começar a campanha.

 

Agora, isso será ruim ou não? Não sei. Ele é um grande político, é articulador, está fazendo uma gestão de razoavelmente boa, está sendo reconhecida. [Esse episódio] Será decisivo ou não? Diria que se fosse há um ano atrás ele estava eliminado. Agora mais à frente não sei. Muda a cada momento. Ulysses Guimarães dizia que a cabeça do leitor é como vento.

 

MidiaNews – Sempre que questionado sobre possíveis apoios para disputa eleitoral do ano que vem, o prefeito faz questão de ressaltar que há uma divisão no DEM. Ele fala, por exemplo, que muitos democratas “estão apaixonados” pela gestão dele, loucos para declarar apoio. Inclusive, cita o senhor como um desses apoiadores. De fato há essa divisão no partido? De alguma forma, o pedido de candidatura própria é uma imposição do governador?

 

Eduardo Botelho – Eu não estava na reunião que definiu, só sei que ficou definido que Cuiabá terá candidato. Evidentemente que tudo é estratégia política, estratégia de informação. Quem acompanhou a guerra do Iraque lembra que o Saddam Hussein soltava lá: “Estou vencendo a guerra”. Isso já faz parte da campanha. Agora, é possível que haja pessoas com maior simpatia e até uma relação pessoal muito grande com Emanuel Pinheiro, relação quase familiar. Então, isso acontece. Normal no partido. Na hora da campanha vamos ver, depende do candidato. Se o candidato vai conseguir agregar isso.

 

MidiaNews – Em relação a Várzea Grande, que é sua principal base eleitoral, há uma articulação também feita pelo prefeito Emanuel Pinheiro para que o filho dele, o deputado Emanuelzinho, se viabilize com apoio do senador Jaime Campos. O senhor é a favor? Acha que é viável?

 

Eduardo Botelho – Não sou contra. Muito pelo contrário. O Emanuelzinho é um cara de futuro, demonstrou ser um deputado federal muito qualificado. Agora, ele ainda tem que demonstrar mais, trabalhar, mostrar mais resultados, tem quatro anos de mandato aí pela frente. Vejo que não é o momento. Pode ser que venha a ser prefeito lá na frente. Mas acho que agora não.

 

MidiaNews – Há algum nome se destacando lá?

 

Eduardo Botelho – Existe o Kalil Baracat, o atual vice-prefeito, José Hazama, o vereador Chico Curvo, o Flávio Vargas, vários nomes que estão se colocando e têm condições.

 

MidiaNews – Estamos na reta final desse primeiro ano de gestão do governador Mauro Mendes. O senhor é um dos principais, se não o principal, aliado, dando suporte político e também aqui nas votações. Que balanço o senhor faz desse primeiro ano? Aquilo que foi planejado de fato foi colocado em prática? As pautas e projetos propostos por ele já estão surtindo efeito?

 

Eduardo Botelho – Acredito que já. Inclusive andei o Estado, fui em alguns locais com o governador Mauro Mendes. Ele estava sendo muito vaiado em vários lugares por onde passava. Agora isso praticamente acabou, muito pelo contrário, há locais do interior por onde ele tem passado e está sendo aplaudido.

 

O pessoal está vendo as entregas que estão sendo feitas, está vendo resultado. A Sinfra [Secretaria de Infraestrutura] está trabalhando, fazendo estradas, obras… A Educação já melhorou, a Saúde está começando a colocar tudo em dia. Então, isso tudo são resultados e a população está vendo também. Por isso acho que aquele primeiro momento negativo já está sendo superado.

 

MidiaNews – O senhor é tido como um político de perfil mais conciliador. Como avalia essas constantes trocas de farpas entre o governador e o prefeito?

 

Eduardo Botelho – Vou confessar a você algo e você pode pensar que estou sendo político nessa resposta, mas eu não dou importância para isso. É o tipo de coisa que eu nem olho. Eu, por exemplo, se a pessoa não me convida eu não estou nem aí, não me importo com isso. Então, não sei se isso está causando alguma coisa. Acho que nem está causando nada. Se a pessoa não me cumprimenta, eu a cumprimento e pronto e acabou. Se não quiser responder, problema dela. Esse é meu jeito de ser, então não tenho nem como dar opinião quanto a isso. Pra mim os dois estão é de bem. Estão “de boa”.

 

MidiaNews – Para o senhor é algo que faz parte do jogo e é uma questão menor?

 

Eduardo Botelho – Verdade. Eu nem presto atenção nisso. Nunca prestei atenção nessa história de fulano está convidado ou não [ele se refere ao jantar organizado pelo governador para prefeitos nesta segunda-feira, para o qual Emanuel não foi chamado]. Tem tanta coisa mais importante para discutir, vai discutir convite?  Se é pessoal dos dois, eles que se resolvam. Pra mim não existe nada. Já perguntei para o governador, inclusive ele me disse que não tem nada contra o prefeito. Então, para mim é isso que vale.

 

Não quero entrar nessas questões. Estou discutindo projetos mais importantes do que aperto de mão, abraço, beijo, convite para casamento…

 

Fonte: Midia News

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