Trilheiros dão apoio em ações de resgate de animais feridos no Pantanal

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Doze trilheiros apoiaram as ações de busca ativa de animais silvestres vítimas dos incêndios florestais no Pantanal. Com recursos próprios, os motociclistas fizeram a varredura de cerca de 60 quilômetros próximo à linha do fogo no Pantanal, na região da fazenda Rosário, no município de Poconé (100km de Cuiabá). A operação ocorreu neste sábado (05).

Os trilheiros avistaram um quati e uma lontra que aparentavam estar feridos, mas fugiram quando perceberam a presença humana. Os voluntários também encontraram uma lagoa com cerca de 20 jacarés enterrados na lama. Os repteis são animais resistentes e podem suportar até 30 dias sem alimentação. As equipes da força-tarefa irão monitorar os animais nos próximos dias.

A partir dos pontos mapeados pelos trilheiros, a força-tarefa iniciou neste domingo (06) nova distribuição de alimentos e água. A distribuição é acompanhada por especialistas para evitar a criação de pontos de ceva.

Jaguatirica

Uma jaguatirica macho foi resgatada na beira do rio Pixaim neste sábado (05). O animal estava com as quatro patas gravemente queimadas e já havia perdido os coxins (almofadas das patas) e as unhas. O animal apresentava pontos de necrose nos membros inferiores e baixo peso.

O felino foi levado para o Posto de Atendimento Emergencial a Animais Silvestres (PAEAS Pantanal) e recebeu atendimento durante todo o dia. Diante da gravidade dos ferimentos e sofrimento do animal, a equipe de especialistas optou por realizar a eutanásia.

Jaguatirica foi resgatada na beira do rio Pixaim; animal foi eutanasiado
Créditos: Sema-MT

Toda vida importa

O PAEAS Pantanal é um dos instrumentos de resposta aos incêndios florestais e integra as ações do Centro Integrado Multiagências (Ciman). A força tarefa para atendimento aos animais reúne esforços de órgãos do Governo de Mato Grosso, Governo Federal, entidades de classe, terceiro setor e instituições privadas. O fogo no Pantanal já dura mais de 40 dias e já atingiu 900 mil hectares nos municípios de Poconé, Barrão de Melgaço e Cáceres.  Muitos animais estão sofrendo com queimaduras, inalação de fumaça e desidratação.

O grupo é coordenado pelo Comitê Estadual de Gestão do Fogo e é formado pelas secretarias de Meio Ambiente e Segurança Pública, BPMPA, Batalhão de Emergências Ambientais do Corpo de Bombeiros Militar, Programa REM-MT, Assembleia Legislativa, Prefeitura de Poconé, Juizado Volante Ambiental e Ibama. A UFMT está presente por meio do Hospital Veterinário, Centro Acadêmico de Medicina Veterinária e Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres. O Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) também apoia as ações.

O Conselho Regional de Medicina Veterinária e a Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso também compõe o grupo. Do terceiro setor, a Ampara Silvestre e a Associação de Defesa do Pantanal somam esforços. Já da iniciativa privada apoiam a ação a Integral Pet, laboratório VET Vida, Vivet e Pantaneiro Clínica Veterinária.

Serviço

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