Trabalhadores estão desempregados há mais de 2 meses após fechamento do terminal rodoviário de Várzea Grande (MT)

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Foto: Divulgação

Por Cinthya Rocha, TV Centro América

As pessoas que trabalhavam no terminal rodoviário de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, estão desempregadas há mais de dois meses. O ponto foi interditado no dia 14 de abril deste ano, atendendo a uma decisão da Justiça, que determinou que o restaurante instalado no local deixasse de funcionar como rodoviária.

No documento da ação do Ministério Público diz que o relatório apontou precariedade do terminal rodoviário. Além disso, o lugar não tinha concessão para a execução do serviço público.

A prefeitura informou que já tem um local para a construção da nova rodoviária de Várzea Grande. Será em uma área que está em processo de desapropriação na Avenida Mário Andreazza.

“Vai ter uma rodoviária de qualidade para atender a população. Vamos estar empenhados para entregar essa rodoviária até o fim de 2023”, disse o secretário de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana, Breno Gomes.

Até lá, a população que precisa de transporte intermunicipal e interestadual precisa se deslocar até Cuiabá.

O empresário Nilson Siscate era prestador de serviços e representava várias empresas de ônibus. Ele tinha três funcionários, mas agora acumula dívidas. “Foi fechada sem aviso prévio, sem nada. Foi 24 horas para fechar e acabou”, lamentou.

“Eles tiraram o nosso ganha pão. Ficou muito gente desempregada, querendo uma solução”, declarou o mototaxista Acenor da Silva.

O dono de agência Marcos Albuquerque está na mesma situação. Ele tinha cinco funcionários. Para ele, a prefeitura deveria ter construído uma nova rodoviária antes que essa fosse fechada.

“Agora fica uma situação difícil, porque existe uma lei que diz que a cidade que não tem um terminal rodoviário, tem que providenciar um ponto de parada para os ônibus, que no caso seria aqui, até construir uma rodoviária”, explicou.

O doutor em engenharia de transportes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Luiz Miguel, explicou que o local para a construção da rodoviária deve levar em conta o crescimento da cidade.

“Os ônibus intermunicipais e interestaduais têm mais de 4,15m de altura. Essa altura não permite que eles andem na faixa do canto. Se tiver três faixas, ele anda na faixa do meio, mas se tiver duas, obviamente, ele vai matar uma faixa de trânsito”, explicou.

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