POR: PAULO ESTEVES
Administrador com MBA em gestão empresarial pela FGV, pós-graduado em gestão de negócios pela FDC e vice-presidente da Acomac-MT
Após o fechamento positivo do ano 2017, podemos dizer oficialmente que o Brasil saiu da crise econômica. Pelo menos para o segmento de varejo de materiais para construção em Mato Grosso, pois obtivemos uma alta de 4,5% em relação a 2016, o número ainda não supera o bom desempenho que tivemos em 2015, mas mostra que estamos novamente nos trilhos.
Muitos dizem que 2016 é um ano para ser esquecido, eu diria que devemos gravá-lo na memória para não repetirmos os erros do passado, cujos nos levaram àquele cenário tenebroso.
A crise infelizmente levou muitas empresas à falência, em contrapartida, a dor foi a alavanca para muitas outras melhorarem a eficiência de seus negócios, voltando os olhos para sua estrutura interna e otimizando a operação, realizando mais com menos.
Com o cenário econômico não favorável na maioria dos setores da economia, vimos as margens de lucratividade das organizações caírem muito, empresários trabalhando muitas vezes apenas para manter a operação rodando e arcar com os compromissos a vencer, no segmento do varejo de materiais para construção, não foi diferente.
Neste período infelizmente a prostituição de preços de produto tomou conta. Em um cenário na qual o consumidor compra menos, o resultado é baixo lucro. Para o empresário a situação é desesperadora e desafiante ao mesmo tempo.
A tempestade passou, e muito mais do que apenas sobreviver, é importante que o empreendedor do varejo de materiais de construção volte a olhar com atenção a rentabilidade do seu negócio.
Mais do que preço, precisamos vender valor ao que estamos ofertando, no que somos, construímos e fazemos de diferente. Assim como os lojistas aprenderam com as dificuldades enfrentadas, o consumidor também entendeu a necessidade em dar maior valor ao dinheiro dele e a si mesmo, ao seu potencial de consumo.
O mundo se transforma a cada dia, as empresas têm de acompanhar essas mudanças. O empreendedor que não renova/inova é engolido pelo mercado.
Precisamos nos atualizar, trabalhar layout de loja, tendências de novos produtos, estudar a mudança do comportamento de compra do nosso consumidor, fazer o cliente se emocionar ao ver a exposição do que ofertamos para sua obra, investir no capital humano da empresa, entre vários outros pontos.
Trabalhe para que o cliente o procure por ser o melhor, e não o mais barato.