Da Redação
Durante cerimônia de posse do ministro Ronaldo Fonseca (Secretaria-Geral), nesta segunda-feira, 28, o presidente Michel Temer disse que “se Deus quiser, logo superaremos o episódio que estamos vivendo agora”, fazendo referência à paralisação dos caminhoneiros.
Temer disse que, no início das paralisações, recomendaram que ele usasse “de toda a força necessária” para logo no primeiro dia impedir qualquer movimento.
“Esta não é a nossa voca- ção, nossa vocação é do diá- logo, do acerto, da conciliação, do ajuste, que é o que fizemos ao longo da semana”, rebateu Temer.
O presidente disse que o novo ministro terá “muita tranqüilidade” porque tem absoluta convicção de que, nos próximos dias, os caminhoneiros devem ouvir orientação de seus líderes para cessar a paralisação.
Temer disse que Fonseca foi escolhido justamente porque possui “vocação para o diálogo e para a conciliação”.
O presidente afirmou ainda que, como deputado federal, o atual ministro angariou “respeito do Congresso e do povo”.
A nomeação de Fonseca já havia sido publicada no Diário Oficial da União (DOU) na última sexta. A cadeira estava vaga desde a ida de Moreira Franco para o ministério de Minas e Energia, no mês passado.
O Podemos, que era o partido do agora ministro Ronaldo Fonseca, anunciou a desfiliação do deputado após ele aceitar o convite para assumir a pasta. A nomeação de Fonseca beneficia a candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, pré- candidato do MDB ao Palá- cio do Planalto.
Ao escolher Fonseca, o presidente Temer faz um gesto aos evangélicos, um dos principais públicos-alvo de Meirelles na pré-campanha. O novo ministro é coordenador da bancada da Assembleia de Deus na Câmara, além de pastor e presidente da igreja em Taguatinga (DF), cidade satélite de Brasília.