Dados da Pnad Covid, pesquisa criada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que neste período de pandemia mulheres, negros, jovens e nordestinos estão entre os mais atingidos pelo recorde de desemprego registrado em setembro. O recorte foi divulgado em reportagem do jornal Folha de S.Paulo nesta sexta-feira (23).
A taxa de desemprego subiu de 13,6% em agosto para 14% em setembro, a maior índice da série histórica da Pnad Covid. O número de desempregados é de 13,5 milhões de desocupados. Na população feminina, a taxa de desocupação chegou a 16,9% em setembro, maior que a dos homens, que foi de 11,8%. O desemprego feminino está em aceleração. Em agosto, a taxa de desemprego entre as mulheres era de 16,2% e a dos homens, de 11,7%.
No mês de maio, primeiro mês de realização da Pnad Covid, as taxas eram de 12,2% e 9,6%. Deste modo, observa-se que desde o início da pesquisa, o desemprego entre mulheres cresceu 4,7 pontos percentuais, comparado a alta de 2,2 pontos da desocupação entre os homens.
Já pelos fatores raciais, a taxa de desemprego chegou a 16,1% entre pretos e pardos em setembro, aumento de 0,7 ponto percentual em relação a agosto. A taxa para brancos foi de 11,5%, estável em relação ao mês anterior. No mês de maio, a taxa de desemprego era de 12% entre pretos e pardos e de 9,2% entre brancos.
Pelo fator de idade, os mais jovens apresentam taxas de desemprego maiores. O índice é de 23,6% para pessoas de 14 a 29 anos de idade; de 10,8% para a faixa entre 30 e 49 anos; 8,9% entre 50 e 59 anos; e de 7,4% para pessoas com mais de 60 anos.
Pelo fator de escolaridade, a taxa de desemprego chegou a 6,6% para pessoas com ensino superior completo em setembro, abaixo dos 6,8% registrados em agosto. O índice era de 14,6% para pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto, de 18,6% para pessoas com fundamental completo, e de 15,8% para quem tinha ensino médio.
Há também um fator regional no Brasil. No Nordeste, a taxa de desemprego chegou a 16,9% em setembro, tendo sido de 15,7% em agosto e de 11,2% em maio. Depois, estão Norte, com taxa de 14,8% em setembro, Sudeste (14,2%), Centro-Oeste (12,1%) e Sul (9,8%).
Fonte: iG Economia