O Ministério da Saúde condicionou um eventual repasse de recursos para a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá a um plano de execução de trabalho elaborado pela Prefeitura de Cuiabá e pelo Governo do Estado.
A decisão foi comunicada pelo ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta à bancada federal e ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na semana passada. O montante que deve ser repassado, no entanto, não foi definido.
Segundo a senadora Selma Arruda (PSL) – que pertence ao mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro -, sem o planejamento seria como “dar dinheiro a drogado”.
“O dinheiro só será dado após um plano, e se for um plano factível. Não adianta jogar dinheiro bom em cima de dinheiro ruim. O ministro até deu um exemplo dizendo que isso é como dar dinheiro para um drogado, dizendo que vai comprar comida. Quando na verdade, ele vai ali para comprar mais droga. É aquela coisa que não tem fim”, disse a senadora.
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“Enquanto não houver um plano bom, concreto, enquanto não houver uma coisa executável, que dê segurança para esse investimento, ele não liberará recurso”.
Isso porque a Prefeitura de Cuiabá alega que foram repassados R$ 24,8 milhões para a instituição, mas os serviços hospitalares não foram executados.
O ministro não estabeleceu prazo para a apresentação do plano.
Santa Casa
A Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá está fechada há duas semanas. A Prefeitura de Cuiabá não repassou um montante de R$ 3,6 milhões necessários para pagamento de salários e 13º atrasados dos funcionários.
Segundo a direção, o valor ajudaria a abater as dívidas com pagamento de 13º e salário dos funcionários, que ainda não foram pagos. A unidade tem folha salarial no valor de R$ 1,5 milhão por mês, com cerca de 800 funcionários.
Uma das opções encontradas é a intervenção da unidade por parte da Prefeitura de Cuiabá.
Isso porque, segundo o Executivo, foram repassados R$ 24,8 milhões para a instituição, mas os serviços hospitalares não foram executados.
Credito: Midia News