Seduc reconhece que Ideb do ensino médio é gargalo para MT

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O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ensino médio alcançado pelas escolas estaduais é um dos maiores gargalos, em Mato Grosso. Porém, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) promete uma grande virada nessa etapa do ensino básico. A garantia foi dada após divulgação do Ideb 2019, nesta última terça-feira (15), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação (Mec).

Numa escala de zero a dez, o Ideb das escolas é medido a cada dois anos. Levando-se em consideração as redes públicas e a privada, o índice alcançado pelo Estado foi de 3,6 pontos, em 2019. A nota representa 0,1 a mais que em 2017. Contudo, a meta proposta era de 4,7. Em 2005, o índice estadual era de 3,1 pontos na mesma modalidade de ensino. Com esse resultado, Mato Grosso ocupa apenas o 23ª lugar no ranking nacional do Ideb.

Para a secretária de Estado de Educação, Marioneide Kliemaschewsk, os resultados obtidos não foram satisfatórios, porém, o ano de 2019 foi de grandes desafios para a educação, no Estado. Conforme ela, as provas do Ideb foram realizadas no primeiro ano da atual gestão, que passou por uma greve de 74 dias, fator que prejudicou o processo de ensino-aprendizagem dos alunos.

“Em 2019, a atual gestão recebeu uma secretaria com R$ 636,8 milhões de restos a pagar de exercícios anteriores, incluindo encargos e pessoal e despesas correntes, o que impossibilitou a capacidade de investimentos naquele ano. No entanto, em dezembro de 2019, já havia pago R$ 430,9 milhões do total de restos a pagar”, explica a secretária por meio da assessoria de imprensa.

Com as dívidas pagas, conforme Kliemaschewsk, foi possível planejar investimentos, tanto na área pedagógica, como na infraestrutura.

“Com isso, a Seduc agora passa por uma reformulação e em breve Mato Grosso terá uma grande virada na educação”, afiançou o órgão estadual. Entre as ações da Seduc está o reordenamento e redimensionamento da rede, visando otimizar espaços físicos e os recursos financeiros e melhorar o atendimento da demanda nas unidades educacionais.

A Seduc reforçou que, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a educação infantil, que oferta a creche e pré-escola, é de responsabilidade dos municípios e o ensino médio é de responsabilidade do Estado. Já o ensino fundamental (do 1º ao 9º ano) deve ser exercido e implementado em regime de colaboração entre Estado e os municípios. “Diante disso, a reorganização do atendimento escolar tem sido feita de forma que os municípios atendem os anos iniciais (1º ao 6º ano) e o Estado os anos finais (7º ao 9º) para que possa haver um equilíbrio no atendimento da demanda”.

Por fim, a secretária reconheceu que o índice do ensino médio é um dos maiores gargalos não somente para a educação de Mato Grosso, mas em todo o país, pois, apesar de terem crescidos em relação a 2017, apenas dois estados atingiram a meta.

Após a divulgação dos dados, o presidente do Inep, Alexandre Lopes, anunciou a criação de um grupo que irá definir as novas metas de qualidade para as escolas de todo o país. Elas deverão começar a valer em 2022, com o fim das metas atuais do Ideb, que é o principal indicador de qualidade da educação brasileira. “Estamos caminhando para o final de um ciclo de avaliação”, disse. Até 2022, a intenção é pactuar novas metas com os municípios e os estados.

Fonte: Diária de Cuiabá

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