O governador Mauro Mendes (DEM) tem dito repetidas vezes que o Estado passa por uma crise econômica, o que levou o gestor no início do mandato, a decretar estado de calamidade financeira.
Recentemente, o Estado também ultrapassou os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LFR), barrando o Executivo a conceder qualquer reajuste salarial ao funcionalismo público. Contudo, na manhã desta segunda-feira (8), em tom mais ameno, o democrata assegurou que se Mato Grosso voltar aos trilhos e melhorar a economia, os servidores receberão reajustes.
“Se nos melhorarmos a eficiência interna, tenha certeza, que essa economia pujante de Mato Grosso vai crescer. Temos perspectiva que poucos Estados brasileiros têm. Se crescermos e vamos crescer, nos próximos anos tudo que o servidor deseja vai ser alcançado”
A declaração foi dada durante inauguração do novo espaço e estrutura da Coordenadoria de Cadastro Ambiental Rural, da Secretaria de Meio Ambiente (Sema).
O comentário é feito na semana em que se completam 42 dias de greve na Educação.
Os profissionais da Educação deflagraram a greve geral em 27 de maio para reivindicar cumprimento da Lei 510/2013, que trata sobre aumento salarial, convocação dos aprovados no último concurso público e o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) aos profissionais da categoria
“Se o Estado voltar aos eixos, todos nós vamos ganhar com isso. Vai ganhar a sociedade e vão ganhar vocês, servidores. Eu não revoguei lei da RGA, porque sei a importância dela. Porque sei que é justo. É legítimo para as carreiras que foram construídas, mas o Estado precisa recuperar sua condição de efetivar essas implementações, na prática. Nós estamos aqui como servidores públicos e o nosso maior dever é prestar serviços. Serviços na educação, na segurança, na área médica, fazer infraestrutura para o uso comum. Esse e tantos outros é o papel do Estado. Estamos aqui para servir o povo”, comentou Mauro.
Segundo o Governo, é essencial o retorno aos limites de gastos com pessoal de acordo com o que estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, 49%, para que seja possível que os reajustes possam ser novamente concedidos. Atualmente, o Estado está estourado em 59%.
“Se melhorarmos a eficiência interna, tenha certeza, que essa economia pujante de Mato Grosso vai crescer. Temos perspectiva que poucos Estados brasileiros têm. Se crescermos e vamos crescer, nos próximos anos tudo que o servidor deseja vai ser alcançado. Mas para isso precisamos fazer nossa parte aqui dentro. Melhorar nossa eficiência interna”, disse o democrata.
Mauro ainda afirmou que Mato Grosso vem apresentando neste últimos oito a nove anos uma atuação marcada por valores negativos, que fragilizaram o caixa do governo, o que, claro, não contribuiu para o crescimento do Estado.
“Coube a nós estarmos aqui para posicionar o Estado e coloca-lo nos eixos. Se o Estado voltar aos eixos, aos trilhos, todos vamos ganhar com isso. Vai ganhar a sociedade e vão ganhar os servidores”, concluiu.
Fonte: O BOM DA NOTÍCIA