Da redação (com informações da assessoria)
A Câmara Municipal de Cuiabá decidiu dar um novo prazo para que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) apresente uma solução para a Santa Casa, unidade de saúde que está fechada há 42 dias. Os parlamentares esperam que Pinheiro anuncie a decisão de intervenção do hospital até amanhã (25), quinta-feira. A mudança da data-limite, que antes havia sido fixada para terça-feira (23) significa um voto de confiança do Parlamento, explicou o presidente do Legislativo, Misael Galvão (PSB).
Galvão ressaltou que a prorrogação do prazo também tem relação com a decisão do governador Mauro Mendes (DEM), que nesta terça-feira (23) anunciou o início de um plano de viabilidade com vistas a reabrir a Santa Casa de Cuiabá. “O governador tomou uma atitude acertada e se envolveu na solução do problema. Esperamos que, agora, o mesmo ocorra em relação ao prefeito Emanuel Pinheiro”.
O novo prazo para uma definição do impasse, explicou o presidente da Câmara, foi pedido pelo próprio Pinheiro. “Se o governador decidiu elaborar este plano, entendemos que este novo prazo pedido pelo prefeito seja uma sinalização de que o município esteja disposto a contribuir”.
Para Misael, é de fundamental importância encontrar uma solução para o problema que afeta a população e os funcionários da unidade, há sete meses sem receber e contando com a solidariedade da população. “O momento é de esgotarmos todas as formas de diálogo e, de forma célere, resolvermos a questão. A população cuiabana não merece sofrer com este problema. Os trabalhadores não merecem viver nesta situação. É nosso dever encontrar uma saída”.
Desde o fechamento da unidade, a Câmara Municipal tem defendido uma intervenção, por parte do Executivo, na gestão do hospital. A expectativa, destacou Misael, é que com isso os órgãos de controle e os demais entes estatais repassem os recursos cuja sinalização já foi dada, de forma a normalizar o atendimento. “Seguimos defendendo a intervenção. Com esta decisão, é preciso chamar Tribunal de Contas, Ministério Público e todos os outros órgãos e, juntos, salvarmos a Santa Casa”.