Reprodução simulada do caso Isabele tem duração de sete horas

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A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e da Delegacia dos Direitos da Criança e do Adolescente de Cuiabá (Deddica), e a Perícia Oficial e Identificação Técnica concluíram à 1h40 da madrugada desta quarta-feira (19), no condomínio Alphaville 1, em Cuiabá, a reprodução simuladas dos fatos que fazem parte da investigação sobre a morte da adolescente Isabele Guimarães Ramos. Todo o ato teve a duração de sete horas e envolveu um efetivo de 41 profissionais das duas instituições.

A reconstituição teve início por volta das 19h, com a participação de quatro delegados, investigadores e escrivães da Polícia Civil, equipes de peritos da Politec e acompanhamento de advogados das famílias, assim como de membros do Ministério Público Estadual.

Os adolescentes que participaram da reprodução simulada foram acompanhados por uma psicóloga. Outras pessoas que também estiveram no local do fato também participaram da reconstituição. Alguns atos foram reproduzidos individualmente e outros coletivamente, conforme a dinâmica dos fatos e a versão de cada participante.Todas as pessoas intimadas pela Polícia Civil para o ato compareceram, à exceção da adolescente que fez o disparo, que foi representada por uma policial com peso e altura compatíveis. Outra pessoa, também com características físicas aproximadas, representou Isabele Ramos.

Para que os profissionais pudesse realizar o trabalho com a tranquilidade necessária em atos que envolvem um exame pericial complexo como uma reprodução simulada, foram realizados três níveis de isolamento do perímetro que envolve a casa ocorreram os fatos.  No primeiro nível foi isolada toda a rua, onde tiveram acesso apenas os moradores das casas locais. Os demais níveis de isolamento foram bloqueados próximos à residência dos fatos, a 100 metros da casa e na porta da casa, onde tiveram acesso apenas as pessoas diretamente envolvidas no procedimento da reconstituição. Foram 22 quesitos respondidos durante a reconstituição, englobando todos os movimentos efetuados pelas partes para apontar a compatibilidade das versões apresentadas na investigação. Durante a reprodução também foram realizadas a simulação com três disparos de arma de fogo.

O próximo passo agora é a produção do laudo da redução simulada pela Politec. Após a conclusão do laudo, os delegados que presidem o inquérito irão analisar se serão necessários novos depoimentos.Laudo e conclusão do inquérito

A partir da entrega do laudo, os delegados analisarão o conjunto probatório que compõem o inquérito incluindo todos os laudos periciais produzidos (necropsia, local de crime, confronto balístico e reprodução simulada), depoimentos, relatórios de aparelhos de telefonia celular, relatório de vídeos e imagens, entre outros atos investigatórios. A estimativa é de que a partir da entrega do laudo da reconstituição, a conclusão do inquérito deva ocorrer em dez dias. Este prazo pode variar de acordo com a complexidade do ato.

Fonte: PJC MT

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