A forma de prevenção à febre amarela mais conhecida e mais divulgada é a vacinação, mas é importante ressaltar que ela não é a única. Outro método bastante eficaz para evitar o mosquito é o uso de repelentes. A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da diretoria de Vigilância em Saúde vem ressaltar a importância do uso de repelentes pelos frequentadores das áreas verdes do município, pois como se sabe, nos períodos de chuva, o índice de infestação pelo Aedes aegypti aumenta e, com isso, o risco de transmissão febre amarela em área urbana, além das outras doenças transmitidas pelo mesmo mosquito: dengue, zika e chikungunya.
Com a confirmação de um macaco positivo para febre amarela na região do Centro Político, removido em novembro de 2017, e a mortalidade de alguns animais inclusive em áreas verdes ou em seu entorno, a importância do uso de repelentes ganha este reforço. “Em 2017 outros dois macacos foram positivos para a doença, um próximo ao Cinturão Verde e outro no Sucuri. De março a dezembro de 2017 foram removidos 35 macacos e, neste ano, são 12. Importante ressaltar que o animal é recolhido na condição de suspeito, ou seja, a confirmação da doença é por diagnóstico laboratorial”, explica Moema Blatt, gestora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS).
A gestora enfatiza que, apesar da confirmação de três animais positivos para febre amarela, não há motivo para a população entrar em pânico, pois o trabalho de prevenção já vem sendo realizado desde março do ano passado. “Cuiabá, assim como o estado de Mato Grosso, é considerada como área de risco de febre amarela, sendo classificada como área de recomendação de vacinação em rotina, motivo pelo qual a maior parte das pessoas é vacinada. Lembrando que, por diretriz da Organização Mundial da Saúde (OMS), estabelecida em 2013, uma única dose da vacina em qualquer fase da vida é suficiente para imunizar”, esclarece Moema.
Ela destaca ainda a importância dos macacos para a detecção do vírus da febre amarela. “Pedimos encarecidamente à população que não matem os animais, pois é por meio deles que conseguimos saber se o vírus está em circulação na região. Os primatas desempenham o papel de protetores da população em relação à doença. A morte deles por agressão dos humanos, além de ser crime, dificulta o sistema de vigilância contra a doença”, conclui.