Com a chamada “Carnaval em Cuiabá pratica responsabilidade social”, a Prefeitura de Cuiabá realizou a 1ª edição do projeto Proteger, no circuito da ‘Folia do Samba 2018’ , na Orla do Porto. Nos cinco dias de festa, a equipe da Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano, formada por 90 profissionais, identificou, com pulseiras, 3.000 menores, que foram ‘foliar’ com suas famílias. Dos 3.000 menores identificados, 1.359 tinham até seis anos e 1.643 entre sete e 12 anos. Destes, 11 menores – entre crianças e adolescentes – foram atendidos/acolhidos em situações de violação de seus diretos.
Além do serviço de identificação, a ação contou com a distribuição de 10.000 folders, com foco em orientações e esclarecimentos sobre as principais formas de violação dos direitos da criança e do adolescente. Também foi realizado o trabalho de conscientização junto aos comerciantes e ambulantes locais sobre o trabalho infantil, violência e/ou exploração sexual, alertando-os que é crime a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos. Para balizar todas estas informações, a equipe fixou folders nestes pontos de vendas.
Para a primeira-dama da Capital, Márcia Pinheiro, o Estado e o Município têm o dever, junto com as famílias, de cuidarem das crianças e adolescentes e promoverem o lazer com qualidade e segurança, onde todos possam participar de maneira tranquila. Márcia destaca que uma das formas de se alcançar esse contexto, essa mudança de cultura dentro da sociedade, é sensibilizar as pessoas, despertando nelas um olhar mais consciente sobre a problemática dos crimes contra menores.
“Como podemos promover mudanças sem cuidar dos que são o nosso futuro? Diante disso, sabemos que nestes grandes eventos o há um aumento no número de crimes contra os nossos pequenos, que mediante a vulnerabilidade socioeconômica ficam mais propícios a aceitarem as propostas daqueles que deveriam ser protetores. E o Proteger foi pensado para atuar como ação de prevenção e conscientização dentro destes circuitos festivos. Podemos e devemos promover lazer para todos, porém precisamos ofertá-lo com segurança e comodidade, onde toda a família possa ter tranquilidade para aproveitar as festas. Nesta primeira edição do projeto já tivemos um excelente resultado, alçando várias pessoas, e o mais importante, levamos essa sensibilização a elas. Um sentimento de gratidão pela equipe envolvida. Obrigada a todos”, destaca a primeira-dama.
O projeto, idealizado pela Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano, teve com base mostrar que, com organização, respeito e sensibilidade, todos podem participar da tradicional festa de Carnaval de maneira segura.
“Conscientizar a população é primeiro passo para que possamos promover as mudanças necessárias no processo de acolhimento das nossas crianças e adolescentes. Protegê-los também é levar as informações para todos. Alcançamos números bons, principalmente por ser a primeira edição. Sentimos que as pessoas receberam bem a ação, compreenderam que para promovermos esta rede de proteção, precisamos do envolvimento de todos”, reitera o secretário de Assistência Social e Desenvolvimento Humano, Wilton Coelho.
Durante os cinco dias de festa, os presentes receberam instruções de como proceder em casos de desaparecimento, suspeitas de crimes contra menores; qualquer tipo de violência envolvendo vulneráveis e foram informados dos canais de denúncia e atendimento.
“Quero somente agradecer aos envolvidos, principalmente a primeira-dama, que sempre tem muita disposição e ouvidos sensíveis para escutar e compreender quando retratamos a realidade cruel com a qual nos deparamos nos atendimentos diários. Diante de todas as dificuldades, tanto de recursos quanto cultural, a 1ª edição do projeto foi um sucesso”, diz a coordenadora do Proteger, a assistente social Hellen Ferreira.
A ação contou com a parceria do Juizado da Infância e Juventude e com o Conselho Tutelar. Os serviços foram realizados nas seguintes dinâmicas: identificação das crianças na entrada evento; sensibilização através da entrega de folders informativos; atendimento e encaminhamento necessário no stand; orientação e sensibilização dos comerciantes e ambulantes locais sobre a proibição de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos. Essa dinâmica continua para os próximos grandes eventos e festas populares.
Outros dados – O relatório mostra ainda que dos 3.000 menores identificados, 1.502 eram do sexo feminino e 1.500 do sexo masculino, sendo que 1.681 estavam acompanhados pela genitora, 941 pelo genitor e 380 foram à Orla do Porto acompanhados por outros responsáveis.