A prefeitura de Cuiabá por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, deu inicio na manhã desta terça-feira (20), a mais uma obra no centro histórico. Agora é a vez da Praça da Mandioca, que fica entre as Ruas Pedro Celestino e Ricardo Franco (rua do meio). Esta é mais uma obra contemplada pelo Programa de Aceleração do Crescimento – PAC Cidades Históricas, que começou pelas Praças Senhor dos Passos e Doutor Alberto Novis, a Escadaria do Beco Alto, e irá finalizar na Praça Caetano de Albuquerque.
A Praça da Mandioca é o mais recente equipamento público do centro histórico a receber as intervenções financiadas pelo governo federal através da Caixa Econômica Federal. As obras tem o aval do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional – Iphan, e foram orçadas em R$ 900 mil reais dentro da planilha aprovada pelo Ministério da Cultura. As obras seguem sob a supervisão da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano e estão sendo executadas pela Archaios Engenharia e Análise Arqueológica da empresa Archeo Pesquisas Arqueológicas.
“As ordens de serviço dessas obras foram dadas em 02 de janeiro, quando começamos a Praça Senhor dos Passos, que já está quase pronta. A Praça da Mandioca teve que aguardar um pouquinho devido ao Carnaval. Passadas as festividades, demos inicios aos serviços e pretendemos entregá-la o quando antes aos moradores e ao público que frequenta o local”, disse o secretário Juarez Samaniego.
Samaniego, aproveitou o momento para atualizar as informações sobre o andamento das cinco obras que a sua secretaria está conduzindo. A Praça Senhor dos Passos já recebeu o concreto, as luminárias e as árvores agora é só acomodar o piso. Esta deverá ser a primeira a ser entregue a população; a Praça Doutor Alberto Novis e a Escadaria do Beco Alto passaram pela análise arqueológica e agora, aguardam a autorização do Iphan para dar continuidade a obra; a Praça da Mandioca começou ontem (20) o trabalho de demolição com monitoramento da empresa de arqueologia que deverá trabalhar nas escavações; e a Praça Caetano de Albuquerque deve receber a equipe da empresa de engenharia ainda esta semana, para dar inicio às obras.
Conforme o mestre de obras empresa Archaios Engenharia Adão Rodrigues entre os serviços a serem realizados na Praça da Mandioca, estão o aumento na dimensão do espaço público. Na lateral da praça, que fica na Rua Ricardo Franco (rua do meio), ela deverá receber um aumento 2,40 cm e na frente, na Rua Pedro Celestino, o aumento será de 3,60 cm, o que deixará a praça maior e mais bonita.
“Nada será retirado e sim, acrescentado. A praça vai receber bancos e luminárias novos e árvores. Com relação ao tempo da obra, tudo depende muito da arqueologia. Por que a gente faz a demolição com acompanhamento dos técnicos na escavação. Depois eles entram com o trabalho minucioso, o que leva algum tempo, para ver se encontram alguma coisa. Então eles mandam um relatório ao Iphan e só depois que eles autorizam é que podemos entrar com nossos serviços”, esclareceu Adão.
Na manhã desta terça-feira, uma equipe de arqueólogos acompanhou a retirada dos escombros, iniciando a sondagem para a localização de fragmentos históricos. “O tempo de análise pode demorar o que acaba interferindo no prazo de finalização da obra, como aconteceu na Praça Doutor Alberto Novis. Lá foi preciso um pouco mais de tempo, por que encontramos fragmentos datados do século 19. Finalizando a análise, enviamos um relatório ao Iphan que define quando os serviços devem retomar”, pontuou Vanderson Garcia Arqueólogo.
Educação Patrimonial
Durante a execução das cinco obras a empresa de arqueologia está realizando uma ação junto a população que vive no entorno desses bens tombados. Inicialmente foi feito um diagnóstico, através de pesquisas, com a intenção de saber, por exemplo, como a população utiliza essas praças; como elas veem ou se conhecem a história dessas praças; se elas sabem por que elas estão recebendo as reformas do governo federal. A partir disso, a empresa está realizando algumas oficinas.
“Nas obras da Alberto Novis e Senhor dos Passos nos realizamos um trabalho de oficinas com os moradores de rua e comerciantes. A partir desse diálogo desenvolvemos um projeto artístico nos tapumes expressando um pouco da linguagem dessas pessoas, o que elas entendem como patrimônio e, evidenciando esse patrimônio vivo que são essas pessoas”, relatou Danilo Rodrigues educador patrimonial da Archeos Pesquisas Arqueológicas.