Prefeito entrega obra ‘As Três Graças’ revitalizada nesta sexta-feira (28)

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O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro e a primeira-dama Márcia Pinheiro, entregam nesta sexta-feira (28), às  14h30, o monumento  ‘As Três Graças’ totalmente reformado, valorizando um dos equipamentos culturais mais importantes da história da cuiabania.

A escultura do artista plástico Leonardo Henrique Lobo de Campos  foi reinstalada na rotatória da avenida Coronel Escolástico, em frente à Igreja São Judas Tadeu. Em razão da Copa do Mundo, no ano de 2014, a escultura das Três Graças, foi retirada e colocada em frente à Rodoviária Engenheiro Cássio Veiga de Sá. No ano de 2020, novamente,  foi removida para reforma.

As Três Graças 

A escultura homenageia a musicista Zulmira Canavarros, a poeta Guilhermina de Figueiredo e a jornalista Luiza de Figueiredo Calhao. A peça em cimento, possui tamanho humano e acessórios de sucata.

O monumento foi construído em  1990 para homenagear três mulheres incentivadoras da cultura mato-grossense e sofreu com a ação do tempo. A base da obra de arte também foi atingida por um automóvel o que causou sérios danos estruturais.  O responsável pela recuperação do monumento trata-se do artista plástico, Fred Fogaça.

Vida e Trabalho

A jornalista Luiza de Figueiredo Calhao (Nhalu) nasceu em Cuiabá em julho de 1866, carinhosamente chamada de “Nhalu”. Filha de Constantino de Figueiredo e D. Ignez Maria Paes de Faria de Figueiredo. Casou-se com o Major Emílio do Espirito Santo Rodrigues Calhao em 15 de agosto de 1881, filho de Joaquim José Rodrigues Calhao, falecido em Cuiabá a 14 de junho de 1885, depois de ter contribuído para o seu desenvolvimento cultural. Redator do jornal O Liberal e fundador do jornal A Província de Mato Grosso, que Emílio Calhau, seu filho simplificou para O Mato Grosso. Nhalu ao entrar na família, aprendeu a arte de escrever e tornou-se uma promissora jornalista. Um dos trabalhos dela era incentivar a dinamicidade do “Jornal A Voz do Norte”, um jornal noticioso, independente e literário. (Com informações da jornalista Neila Barreto que é pós-graduada em História)

Já a professora e escritora  Guilhermina de Figueiredo nasceu em Cuiabá na Rua 13 de Junho, no dia 05 de junho de 1911. Filha de João Lourenço de Figueiredo e de Dona Francisca Izabel de Figueiredo. Faleceu no dia 04 de julho de 1981, nesta Capital. Ela cursou o 1º grau na escola Estadual Barão de Melgaço e o 2º grau na Escola Estadual Liceu Cuiabano, onde concluiu o curso normal. Segundo seu irmão Benedito de Figueiredo ainda vivo, era autodidata e como tal aprendeu outras profissões, como por exemplo, musica e para aperfeiçoamento fez curso de piano, no estado de Guanabara, hoje do Rio de Janeiro.  Tem dois livros editados, um o ABC da Literatura e Lampejos d´alma, colaborou com a revista “A violeta”, ajudou a criar a Fundação Pio XII.

– Nascida em 14 de novembro de 1895, Zulmira D’Andrade Canavarros era compositora, maestrina, educadora e teatróloga e faleceu no ano de 1961. Foi a primeira mulher em Mato Grosso a fundar um clube de futebol. Trata-se do Mixto Esporte Clube, fundado a 20 de maio de 1934. Foi, também, uma intensa ativista cultural e social, além de uma intensa empreendedora.

Zulmira começou a compor e a escrever peças de teatro, na adolescência, e durante toda a vida tocou piano e violino. Suas composições foram escritas em vários gêneros: sambas, quadrilhas, marchas, toada caipira, bolero, rasqueado, dobrado e embolada. As letras das músicas falam do amor, do sofrimento, do casamento, da relação ntre o homem e a mulher e aspectos do cotidiano de Cuiabá.

Foi também uma das fundadoras da rádio Voz d’Oeste, em 1939, primeira rádio de Mato Grosso. Além dos programas jornalísticos, a rádio oferecia programas musicais, onde Zulmira, atuava ao lado de  músicos como Ivo Arruda, Décio Gama e Juvenílio de Freitas, encantavam a população mato-grossense. (Com  informações da dissertação de mestrado de Viviane Gonçalves da Silva, na tese: “Zulmira de Andrade Canavarros uma mulher sem fronteiras na Cuiabá da primeira metade do século XX. Texto com informações da jornalista Neila Barreto)

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