A reconstituição da morte da adolescente Isabele Ramos, 14, morta no condomínio de luxo Alphaville 1, em Cuiabá, começou na noite de terça e terminou durante a madrugada desta quarta-feira (19). Os trabalhos duraram cerca de 6 horas.
Conforme a Polícia Civil, foram simulados três disparos de arma de fogo em diferentes ângulos. Foram analisadas a versão da adolescente autora do disparo e os apontamentos no laudo da perícia, além de falas de testemunhas que estiveram no local logo após o disparo.
Ao menos oito viaturas da Polícia Civil estiveram no condomínio desde o final da tarde de ontem no condomínio para fazer a reconstituição do crime. Todas as pessoas intimadas pela Polícia Civil, incluindo a família da adolescente que efetuou o disparo e de Isabele Ramos, compareceram ao local.
Somente a autora do disparo não participou da reconstituição. A jovem apresentou laudos psicológicos afirmando que não estaria em condições de fazer o procedimento.
A defesa da família da autora do disparo, representantes do Ministério Público, além de advogado ligado à família da vítima também acompanharam os trabalhos.
Os envolvidos apontaram onde estavam no momento do disparo e como encontraram a cena da morte da adolescente.
O namorado da autora do disparo também esteve no local. Ele foi o responsável por levar a arma que matou Isabele para a mansão. Segundo as informações, ele pretendia vender a arma para o empresário Marcelo Cestari, pai da menina que efetuou o disparo. O case com a pistola ficou no local porque ele temia ser parado numa blitz.
Para representar as duas personagens mais importantes do assassinato – Isabele Ramos (a vítima) e a amiga dela que disparou a arma – a Polícia Civil “escalou” atrizes com a mesma altura e peso delas.
Alguns atos foram reproduzidos individualmente e outros coletivamente, conforme a dinâmica dos fatos e a versão de cada participante. Após a reconstituição, os delegados da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e da Delegacia dos Direitos da Criança e do Adolescente de Cuiabá (Deddica), que presidem o inquérito, passam a analisar se serão necessários novos depoimentos.
Fonte: Folhamax