Rafael Medeiros Da Redação
O projeto de lei nº 42/2018 de autoria do deputado estadual Oscar Bezerra (DEM), que garantia a prioridade na matrícula dos filhos de policiais civis e militares em qualquer creche ou escolas públicas de Mato Grosso, está causado enormes polêmicas, nas portas das unidades e principalmente nas redes sociais.
Revoltados, mães de alunos procuraram o Jornal do Ônibus, para questionar a lei, que deve ser colocado para votação em plenário ainda está semana.
Em Mato-Grosso todas as matriculas são feitas via internet e apenas os estudantes que já estudam na instituição têm a prioridade na rematrícula. De acordo com o projeto, os filhos terão prioridades nas matrículas, e ainda terão o poder de escolher a creche ou escola, podendo ser nas proximidades de seu local de trabalho ou de seu domicílio. Detalhe, matriculado pode ser incluso em qualquer período do ano, sem questionamento.
A lei visa, ”garantia de segurança” dos menores diante da violência e do risco a que são submetidos diariamente. Os filhos de policiais se tornam alvos fáceis para bandidos e marginais. No entanto, a justificativa não agradou a todos.
Na página da Assembleia Legislativa que divulgou o projeto de lei, há centenas de comentários criticando a medida. Em alguns deles, as pessoas ressaltam que a função do Estado é garantir direitos iguais a todos, conforme a própria Constituição Federal estabelece.
“Sou funcionário público e sentiria vergonha em ser beneficiado com esse projeto de lei, ainda mais sabendo que tem muita gente carente que dorme três dias na fila e não consegue vaga em creche”, escreveu Flávio de Lima.
Outros internautas, por outro lado, defenderam a iniciativa. “Não que militares e civis sejam melhores, mas sim que muitas vezes enquanto você pode ficar na fila pra matrícula, eles estão lá trabalhando. Muitas vezes chegam de manhã cedo depois de uma noite inteira acordada para servir e proteger a sociedade. Esse é só um dos exemplos ao qual eu acho digno, sim, ter prioridade!”, escreveu Gabi Pinatti.
O Jornal do ônibus, entrou em contato com o deputado Oscar Bezerra para comentar o assunto, mas ele não atendeu e nem respondeu os emails e mensagens.
*ESSA MATÉRIA FOI FEITA APÓS SUGESTÃO DE LEITORES