Objetivo é garantir recolocação aos profissionais afetados por crise gerada pelo novo coronavírus
Em um movimento pioneiro no país, 29 entidades ligadas ao varejo uniram-se para desenvolver uma plataforma online de geração de empregos no setor. Com a iniciativa, intitulada Vagas no Varejo, o segmento espera minimizar os impactos provocados pelo novo coronavírus, ao garantir a recolocação de profissionais no mercado de trabalho e preservar a atividade empresarial.
O lançamento oficial aconteceu no dia 1º de maio, Dia do Trabalho, e já são cerca de 4.000 vagas cadastradas em todo o país e a projeção é chegar em mais de 10.000 vagas. Segundo indicadores do Ibre/FGV, a crise pode deixar até 12,6 milhões de pessoas desempregadas e contrair em cerca de 15% a renda dos trabalhadores.
A Febrafar é uma das associações participantes e está trabalhando para a disponibilização de vagas de suas 57 redes. O projeto foi idealizado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe) e Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
A ação recebeu ainda o apoio voluntário da Tegra Sistemas, responsável pela concepção da plataforma; e da Advance, que elaborou o projeto de marketing e comunicação visual.
O aplicativo Vagas no Varejo está disponível em todas as plataformas móveis, exigindo inicialmente a conexão com a rede social ou e-mail. A ideia é estabelecer uma conexão simples e autodidática, sem as dificuldades impostas por canais tradicionais de empregos. Ao ter a conta criada, o profissional precisa somente destacar sua área de atuação, experiências anteriores e disponibilidade de horários, podendo também inserir seu currículo. As entrevistas e avaliações serão realizadas online.
As empresas interessadas em recrutar profissionais também possuem uma área exclusiva no portal http://www.vagasnovarejo.com. br, no qual podem cadastrar suas oportunidades. Elas são responsáveis por excluir as vagas que forem preenchidas e assinarão um termo no qual se comprometem a não utilizar as informações dos candidatos para qualquer outra finalidade, como venda de produtos ou serviços.
“A Febrafar está muito preocupada com o momento vivido pelo país e pela população, além da crise de saúde, vivemos também uma crise no trabalho sem precedentes. Nosso comprometimento com esse projeto é uma forma de possibilitar oportunidades para as pessoas e também simplificar o trabalho de recrutamento das redes em um momento em que o deslocamento das pessoas precisa ser o menor possível. Assim, com certeza essa ferramenta será uma grande aliada”, explica o presidente da Febrafar, Edison Tamascia.
Da ideia às adesões
As primeiras reuniões para discutir o movimento tiveram início no fim de março e, em apenas 15 dias, ganharam a adesão das demais entidades (veja a relação abaixo). “A redução do ritmo da economia e o desemprego são consequências inevitáveis da crise, e a retomada tende a ser muito lenta em alguns setores. Com essa estratégia, empresários e dirigentes da iniciativa privada somam esforços e competências para reverter mais rapidamente esse quadro e manter o nível de emprego e renda para muitas famílias”, ressalta Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.
“A perda do capital humano é a maior perda que uma empresa pode ter. Não poderíamos ficar estáticos somente olhando tudo acontecer. Essa união do varejo é um compromisso com a sociedade para que juntos possamos superar essa fase. E a iniciativa começa agora e fica aberta a todas as empresas e candidatos para sempre”, afirma Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe.
“O Brasil está passando por um momento sem precedentes, que tem trazido muitos desafios para os empresários e trabalhadores. O Vagas no Varejo é um importante projeto que resulta da soma de forças do empresariado brasileiro na geração de oportunidades para a população. Juntos, queremos ajudar o país a passar por essa pandemia com menos danos econômicos possíveis”, comenta João Sanzovo Neto, presidente da Abras.
Vagas no Varejo – apoio e realização
• Acelera Varejo
• Associação Brasileira das Agências de Propaganda (Abap)
• Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico (Abafarma)
• Associação Brasileira das Perfumarias Seletivas (ABPS)
• Associação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias e Drogarias (Abrafad)
• Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil)
• Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan)
• Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert)
• Associação Brasileira de Franchising (ABF)
• Associação Brasileira de Franqueados (ASBRAF)
• Associação Brasileira de Logística (Abralog)
• Associação Brasileira de Marcas Próprias (ABMAPRO)
• Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe)
• Associação Brasileira de Profissionais de Segurança (ABSEG)
• Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma)
• Associação Brasileira de Supermercados (Abras)
• Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX)
• Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (ABLOS)
• Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj)
• Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco)
• Associação Nacional de Jornais (ANJ)
• Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar)
• Mulheres do Varejo
• Rede Nacional de Distribuidores de Medicamentos (Redifar)
• Sindicato do Comércio Atacadista, Importador, Exportador e Distribuidor de Material de Construção e de Material Elétrico no Estado de São Paulo (Sincomaco)
• Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sincofarma)
• Sindicato dos Empregados no Comércio de São Paulo (Sincomavi)
• Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC)
• União de Farmácias Brasileiras (Unifabra)
O PODER DO VAREJO BRASILEIRO EM NÚMEROS
• O setor representa 19,24% do PIB do país
• Movimentou cerca de R﹩ 1,40 trilhão (crescimento real de 1,8% em 2019)
• Gerou 644 mil empregos em 2019. Nos últimos cinco anos, a geração de emprego formal no Brasil é de -1,170, considerando a crise de 2015 e 2016
• 1,3 milhão de empresas no comércio em 2019
• 1,5 milhão de lojas e pontos de venda
• 930 mil lojas virtuais