Da Redação
Após ter acesso ao laudo de necropsia de Edléia Daniele Ferreira Lira, de 33 anos, que morreu depois de fazr cirurgia plástica, a delegada Allana Cardoso, que acompanha o caso, disse, nesta terça-feira (12), que o inquérito vai considerar a possibilidade de conduta criminosa com dolo eventual por parte da equipe médica que atuou no procedimento.
De acordo com o diretor metropolitano do Instituto de Medicina Legal (IML), João Marcos Rondon, durante a lipoaspiração, sangue também é retirado do organismo junto com a gordura.
“Pode ser que, neste caso, tenha sido retirado mais gordura e, consequentemente mais sangue, do que seria necessário para o biotipo da paciente”, disse.
Sendo assim, a Polícia Civil vai anexar, além do laudo, os relatórios médicos e prontuários do período em que a paciente esteve internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para apurar se houve negligência e crime.
A morte
Daniele morreu no dia 13 de maio deste ano, após dois dias internada na UTI por complicações decorrentes de duas cirurgias plásticas, às quais foi submetida.
De acordo com a família, a cirurgia foi feita no Hospital Militar de Cuiabá, porém o procedimento cirúrgico foi realizado por um médico da São Paulo.
Segundo a amiga Laíza Cardoso, Daniele, por meio de amgios, teria tomado conhecimento de uma página no Facebook, denominada “Plástica para Todos”, que oferecia as cirurgias a preços mais baixos.
A amiga disse ainda, que Daniele passou por cirurgias de lipoescultura e mamoplastia, no dia 11 de maio, pelo custo de R$ 6 mil.
Laíza contou que depois dos procedimentos, quando já estava no quarto e consciente, Daniele começou a reclamar de dores e formigamentos nas pernas, ficou sonolenta e teve parada cardíaca.
A paciente foi reanimada e transferida para a UTI de outro hospital, onde ficou internada por dois dias, e morreu.