Foto de capa: Dida Sampaio
O ex-prefeito de Lucas do Rio Verde (354 Km ao Norte de Cuiabá), Otaviano Pivetta, fez duras criticas a gestão do governador Pedro Taques (PSDB) e a classificou como “medíocre”, além de avaliar que o governo está “em ruínas”.
Pivetta foi um dos grandes aliados de Taques, inclusive ajudando-o em sua eleição em 2014. Segundo ele, o governador não tem sequer direito de pleitear uma disputa à reeleição neste ano, já que “frustrou” Mato Grosso.
“O Pedro Taques foi uma esperança para nós e foi um servidor público exemplar quando era procurador da República, um senador de destaque muito bem avaliado pela crítica nacional e nós acreditávamos que ele fosse ser o grande governador do Estado de Mato Grosso”, disse Pivetta, em entrevista ao Jornal da Capital, da Rádio Capital FM, nesta quinta-feira (15).
Ainda segundo Pivetta, Taques não tomou as medidas necessárias para administrar o Estado, de modo a torná-lo
eficiente com menores custos, bem como não priorizou os setores da educação, saúde e segurança, principalmente.
“O que nós vemos hoje é uma crise muito maior de gestão, do que problema de recursos. Não há dúvida de que a natureza dele não é de um executivo qualificado; nós até sabíamos disso, mas nós acreditávamos que ele seria um bom executivo, o que não é. Ele frustrou”, disse.
“Acreditávamos que ele seria o grande governador de Mato Grosso. Nessa última empreitada ele frustrou não só a mim, mas ao povo de Mato Grosso. O Governo dele é sem nenhuma estratégia, sem planejamento, sem rumo”, complementou.
Pivetta ainda diz que as críticas são feitas “com pesar”, já que ele colaborou para que Taques chegasse ao comando do Executivo. “Fui um entusiasta desse projeto. Estaria realizado se ele tivesse honrado nossos sonhos. Repito: acho que o Pedro perdeu o direito de pretender continuar no Palácio. A sociedade o elegeu no primeiro turno e o Governo dele é medíocre”, afirmou o ex-prefeito.
Ainda segundo Pivetta, Taques teve um exemplo de candidatura, uma vez que terminou a campanha sendo eleito no primeiro turno, sem dívidas de campanha e compromisso financeiros.
“Uma pessoa que talvez na história de Mato Grosso teve as melhores condições para iniciar e implantar um governo revolucionário, livre em favor de colocar o Estado para servir a sociedade. Infelizmente, a realidade que se constata hoje é que ele não fez e é muito difícil ele virar esse jogo”, avaliou.
Karine Miranda, repórter do Gazeta Digital
