A Procuradoria Geral da República (PGR) apresentou nesta segunda-feira uma nova denúncia por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso desde o dia 7 de abril para cumprir uma condenação de 12 anos e um mês de prisão.
A denúncia também se estende à senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT; aos ex-ministros Antônio Palocci e Paulo Bernardo; ao empresário Marcelo Odebrecht; e a Leones Dall’agnol, chefe de gabinete da senadora.
Segundo a PGR, a construtora Odebrecht prometeu em 2010 ao então presidente Lula – e colocou à disposição do PT – R$ 64 milhões em troca de decisões do governo que favorecessem a empresa.
A denúncia, que foi encaminhada ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, precisou ser apresentada no Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao fato de Hoffmann ter fórum privilegiado.
A PGR informou em comunicado que, além dos depoimentos dos ex-executivos da Odebrecht, sustentou sua nova acusação com outras provas que coletou durante a investigação, como planilhas de pagamento confiscadas na empresa e mensagens de texto em telefones celulares às quais obteve acesso com quebra do sigilo telefônico dos empresários.
“Há, ainda, confissões extrajudiciais e comprovação de fraude na prestação de informações à Justiça Eleitoral. Ressalte-se que até o transportador das vantagens indevidas foi identificado”, afirma o comunicado assinado pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Lula, que neste mês começou a cumprir na cidade de Curitiba a pena à qual foi condenado em processo pelos desvios na Petrobras, terá que responder atrás das grades a outros seis processos e três investigações, assim como à possibilidade de que o STF abre um julgamento pela nova denúncia.
