PF deflagra megaoperação contra facção criminosa em MT

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Uma força-tarefa coordenada pela Polícia Federal (PF) realizou, ontem (31), operação contra uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas. Entre os alvos estão integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), familiares e outras pessoas responsáveis por lavar dinheiro para a organização.

Em Mato Grosso, foram 12 ordens judiciais, sendo três de prisão e três de busca e apreensão, em Cuiabá e Cáceres. Na capital, houve confronto e um policial acabou baleado. Ele foi salvo pelo colete à prova de balas. A ação fez parte da operação “Caixa Forte 2”, que visa investigar o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro praticados pela facção criminosa com atuação em todo o território nacional.

As investigações identificaram os responsáveis pelo chamado “Setor do Progresso” da facção, que se dedica à lavagem de dinheiro proveniente do tráfico) revelaram que os valores auferidos com o comércio ilícito de drogas eram, em parte, canalizados para inúmeras outras contas bancárias da facção, inclusive, para as contas do “Setor da Ajuda”, aquele responsável por recompensar membros da facção recolhidos em presídios.

Conforme a PF, foram identificados 210 integrantes do alto escalão da facção, recolhidos em Presídios Federais, que recebiam valores mensais por terem ocupado cargos de relevo na organização criminosa ou executado missões determinadas pelos líderes como, por exemplo, execuções de servidores públicos.

Para garantir o recebimento do “auxílio”, os integrantes do grupo indicavam contas de terceiros não pertencentes à facção para que os valores, oriundos de atividades criminosas, ficassem ocultos e supostamente fora do alcance do sistema de justiça criminal. Segundo a PF, a operação visou desarticular a organização criminosa por meio de sua descapitalização, atuando em conformidade com as diretrizes do órgão de enfrentamento à criminalidade organizada por meio da abordagem patrimonial, além da prisão de lideranças.

A ação de ontem envolveu cerca de 1.100 policiais federais, que cumprem 623 ordens judiciais, sendo 422 mandados de prisão preventiva e 201 mandados de busca e apreensão, em 19 estados da Federação e no Distrito Federal; além do bloqueio judicial de até R$ 252 milhões.

Todos os mandados foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte (MG). Os presos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 28 anos de prisão.

Fonte: Diário de Cuiabá

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