Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que o Pantanal Mato-grossense já registra o número mensal mais alto de focos de incêndio, desde o início da série histórica do próprio órgão, em 1998: foram 6.048 pontos de queimadas registrados no bioma desde o dia 1º de setembro até quarta-feira (23), o dado mais recente.
O recorde mensal anterior era de agosto de 2005, quando houve o registro de 5.993 focos de incêndio no bioma.
Em comparação a 2019, quando setembro teve 2.887 focos detectados em 30 dias, o mesmo mês de 2020 já apresenta uma alta de 109%.
O número de focos neste mês está 211% acima da média histórica do Inpe para setembro, que é de 1.944 pontos de incêndio.
Segundo o Inpe, este mês já era o setembro com mais focos de incêndio no bioma.
Em agosto, foi registrado o segundo maior número de queimadas para o mês; julho também registrou um recorde mensal.
A região enfrenta uma falta de chuvas que contribui para o problema dos incêndios: é o maior período de estiagem em 47 anos, de acordo com o diretor-executivo da SOS Pantanal, Felipe Augusto Dias.
Para ele, a chuva é a única perspectiva de melhora na situação.
Apesar dos registros de chuvas nos últimos dias, elas não foram suficientes para apagar definitivamente os incêndios, segundo o diretor.
Três meses antes de terminar, 2020 também ultrapassou o recorde de queimadas em um ano para o bioma: foram 16.201 focos registrados desde janeiro até quarta-feira (23).
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Fonte: Diário de Cuiabá