Oposição insiste em tese de golpe e Bolsonaro ironiza: Dar golpe em mim mesmo?

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Golpe em si mesmo?

O acirramento da crise política e institucional, com atos pró-fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) e em defesa de intervenção militar, começa a dar corpo no Parlamento à ideia de criação de uma ampla frente democrática. Deputados de vários partidos, de diferentes espectros ideológicos, defendem a necessidade de se deixarem de lado as diferenças políticas e de todos se unirem para evitar a implantação de uma ditadura no país, uma ameaça que eles cada vez mais enxergam nos atos do presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Como o próprio Bolsonaro diz: Dar golpe em quem? Em si mesmo?

Oncotô? Proncovô?

Embora não esteja participando diretamente das negociações, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já manifestou a deputados sua simpatia pela ideia. Atacado constantemente por Bolsonaro, Maia tem evitado o confronto e pregado o diálogo e o respeito à democracia. Mas não deseja ser o líder do movimento. Parlamentares de diferentes correntes começam a se organizar para discutir a criação de uma frente democrática nos próximos dias. Lideranças do PT, do PSDB e do MDB têm indicado apoio à iniciativa.

Sem intimidação

A resposta do Supremo Tribunal Federal (STF) às manifestações antidemocráticas neste domingo (31), em Brasília, foi imediata. Em entrevista à GloboNews neste domingo, o ministro Gilmar Mendes, do STF, disse que manifestações contra a democracia são inconstitucionais, criminosas e devem ser repudiadas e punidas. O protesto começou no sábado e se estendeu até domingo com a presença do próprio presidente Jair Bolsonaro.

Lei das Fake News

Está prevista para esta terça-feira (2) a votação no Senado do Projeto que cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, já chamada de Lei das Fake News. O texto visa garantir autenticidade e integridade à comunicação nas plataformas de redes sociais e mensageiros privados para desestimular o seu abuso ou manipulação com potencial de causar danos individuais ou coletivos.

Mea Culpa

A proposta do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e dos deputados Tábata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) estabelece que as plataformas estão sujeitas a sanções por não cumprirem obrigações legais como, por exemplo: prover relatórios transparentes; exigir a rotulação de bots (aplicações de programa de computador que simulam ações humanas repetidas vezes de forma padrão, robotizada); ou destacar correções feitas por verificadores de fatos independente.

Bola da vez

O governo federal nomeou Marcelo Lopes da Ponte, chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), para a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).  A nomeação foi publicada na edição desta segunda-feira (1º) do Diário Oficial da União (DOU). A nomeação de um indicado do Centrão faz parte da estratégia do presidente Jair Bolsonaro para ganhar apoio no Congresso Nacional. O governo busca ter uma base consolidada para aprovar projetos e, principalmente, barrar um eventual processo de impeachment.

Tudo pelo diálogo

Alinhado à ala ideológica do governo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho “zero três” do presidente Jair Bolsonaro, justifica as negociações de cargos na administração federal a partidos do Centrão pela necessidade de “diálogo”. Segundo ele, há muitos postos ainda ocupados por pessoas indicadas na gestão de Dilma Rousseff (PT) e, por isso, precisam ser trocadas. “O presidente não elege o Congresso, quem elege são as pessoas. E o presidente tem de ter algum tipo de diálogo com quem está ali”, argumentou.

Salvação da lavoura

Como já era esperado, a safra recorde de soja e os bons resultados nas colheitas de arroz, café e laranja sustentaram o crescimento de 1,9% no Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário no primeiro trimestre de 2020 em comparação com o mesmo período de 2019, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Freio de mão

Os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) neste ano e também baixaram a expectativa de inflação em 2020. Para o PIB de 2020, a projeção passou de 5,89% para 6,25%. Essa foi a décima sexta queda seguida no indicador. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia.

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