Seria trágico se não fosse cômico, esse tsunami que tentam provocar neste episódio Moro/Dallagnol.
Os culpados e algozes são os hackers que de forma marginal, bandida e sorrateira, invadiram, divulgaram e fizeram montagens com o intuito de sempre: destruir Moro e Dallagnol.
O mais intrigante é a sucinta demonstração de que setores do Ministério Público (MP), aquela ala mais vermelha da instituição, não se pronunciou contra os verdadeiros criminosos e culpados; e mais, a incólume OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), tão intransigente em defesas de marginais parece assumir o papel esquerdista radical de seus mais emplumados dirigentes. Mas, muito pior fez o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), ao abrir procedimento contra o Procurador Deltan Dallagnol, respeitado procurador e um dos ícones da Lava Jato. Pode isso? Têm cabimento?
Motivos suficientes para crer que a representativa instituição tem na mira política a neutralização daquele que seria o franco favorito numa disputa com Raquel Dodge e seus princípios pouco republicanos. E a OAB fazendo seu papelzinho sujo dos últimos tempos.
Mais uma vez, esquerdas e indiciados, tentam mover fundos, criar factóides e se agarrar na esperança de que qualquer suposta e impossível fresta que envolva Sérgio Moro, investigações, condenações e processos livrem-nos de seu presente complicado e de seu futuro enjaulado.
Esperneiam depois que aquelas famosas gravações e trocas de mensagens – obtidas por seus vassalos –, entre autoridades que investigam e monitoram crimes, passam a seus maldosos olhares, a serem peças de condenação de reputações e princípios e rezando para que um fato os livre.
Em Nova York, um juiz de nome: David Vincent Stevenson foi conselheiro, aliado, parceiro e colaborador na elucidação de centenas de crimes e responsável por outras tantas condenações, com a promotoria da cidade.
Falavam-se, trocavam informações, se ajudavam, não sobre processos, estes são baseados em provas, mas sobre o direito e sua aplicação.
Muitos perderam patrimônio e cumpriram penas enormes nas penitenciarias americanas sem privilégios, celas especiais, regimes condescendentes ou tornozeleiras, na América justiça se respeita não se faz chacota com seus membros e o direito bem embasado não permite revisões.
O juiz concedia a promotoria em NY que executava escutas, quebrava sigilos, fazia buscas, apreensões, conduzia suspeitos, prendia acusados.
Tinham que estar sintonizados, pois combatiam o crime! Quer mais lógica???
Qualquer juiz zeloso, sério e comprometido com a justiça, recebe as denúncias e reiteradas vezes, questiona o promotor, relatos dizem que na maioria dessas vezes, negam solicitações, que não acham pertinentes, ou que entendam não contribuir para processos e investigações. Esta é uma vertente do direito.
Quer dizer então que os combativos – juiz Sérgio Moro e o promotor Deltan Dallagnol –, homens que elucidaram o maior escândalo de corrupção do mundo, desmantelaram quadrilhas, revelaram esquemas, desnudaram privilégios e benefícios escusos que tanto dilapidaram uma nação, não podem trocar informações sobre seu trabalho?
Esse BRASIL…
Tenho dito e ouvido aqui em Brasília, que estas ações midiáticas contra a Justiça e seus representantes são sempre uma fórmula que não funciona mais, não convence, não empolga e não trará à seus desesperados protagonistas, os resultados que buscam, o que parece ser o milagre de mudar uma história que já tem página Virada.
Aguentem que dói menos!
Moro, Dallagnol, as medidas de combate a corrupção que tramitam, o histórico da Lava Jato, as condenações aplicadas, os recursos recuperados e a mudança de hábitos provocados por eles incomodaram e incomodam muita gente, dai… já viu né!?
Só para que saibam o promotor Irlandês/Nova-iorquino citado acima chamava-se Elliott Ness, você já ouvir falar?
JPM – João Pedro Marques é advogado e jornalista, com escritórios em Brasília e Mato Grosso.