Voluntários do Projeto Luta e União de Amigos para Animais em Risco (Lunaar) de Cuiabá estão vendendo canecas e rifas para custear despesas com os tratamentos feitos com os animais resgatados da rua. Mais de 100 animais receberam cuidados e, em seguida, adotados.
A criadora do projeto e estudante de nutrição, Tainá Marques, explicou que, antes de idealizar o projeto Lunaar, ela já colocava comedouros nas ruas para os animais.
“Eu montava comedouros para eles, mas eles sempre eram destruídos ou as pessoas colocavam veneno”, disse.
Segundo ela, aproximadamente 50 animais que foram resgatados careciam de cuidados médicos. Vinte deles estavam em estado crítico.
Materiais, como galões de água, arames, vasilhas, alicates, serras e lixas, estão sendo arrecadados para a montagem de uma oficina de confecção de comedouros que serão instalados na Organização de Proteção Animal de Mato Grosso (OPA-MT) e na Associação Voz Animal.
Em parceria com uma clínica veterinária, será feita a castração de gatos abandonados, para evitar a superpopulação. Aproximadamente quatro gatos já foram castrados e depois colocados para adoção.
A estudante de direito Gabriella Fleury, que participa do projeto há três meses, conta que a intenção é diminuir o número de animais nas ruas. Ela conta que já resgatava cães e gatos abandonados e os colocava para adoção.
“Quanto mais as pessoas ajudarem, menos animais vão ter na rua porque isso já está se tornando um grande problema”, disse.
Gabriella adotou uma gata que estava abandonada na rua, junto com 12 filhotes. Ela afirma que após conseguirem um lar os animais de rua demonstram carinho e atenção.
“Sinto que minha gata foi feita para mim, meu coração mudou muito depois que ela chegou. Eu sou apaixonada”, contou.
O projeto tinha uma dívida de R$ 2 mil em tratamentos veterinários e, para ajudar a quitá-la e continuar ajudando outros animais, estão sendo vendidas canecas personalizadas pelo preço de R$ 10. Também está sendo feita rifa.
A estudante de arquitetura Mariana Missawa, que adotou um gato através do projeto, pede que as pessoas que desejam ajudar os animais abandonados tenham paciência, pois muitas vezes eles estão assustados e ficam agressivos por que nunca receberam carinho.
“As pessoas podem ajudar como podem, mas é preciso paciência. Muitas vezes eles ficam assustados quando as pessoas chegam perto, porque normalmente são maltratados”, contou.
Por g1