Do Folhamax | O Ministério Público Estadual (MPE) e delegado Wagner Bassi ingressaram uma representação solicitando a internação compulsória imediata da adolescente de 15 anos que matou a amiga Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, no condomínio de luxo Alphaville, no dia 12 de julho. O pedido foi protocolado na última terça-feira (8).
A informação foi divulgada pelo jornallista Pablo Rodrigo, do portal Gazeta Digital. O pedido ocorre após a conclusão do inquérito policial, que comprovou incoerências entre a versão apresentada pela autora do disparo e os fatos ocorridos no dia crime.
As investigações responsabilizaram a jovem por ato infracional análogo a homicídio doloso. De acordo com o delegado, ela assumiu o risco de matar ao apontar a arma para o rosto de Isabele.
Segundo a conclusão da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), o disparo foi executado mediante o acionamento do gatilho, dentro do banheiro. Marcelo, pai da adolescente que efetuou o disparo, foi indiciado por quatro crimes, entre eles homicídio culposo.
Isabele faria 15 anos no dia 12 de novembro, data em que ela e seus familiares comemorariam a tão esperada festa de debutante. Nesta semana, amigos e familiares iniciam uma campanha nas redes sociais intitulada: “Não foi acidente – Justiça por Bele”.
A campanha pede que os internautas utilizem uma foto da jovem com o slogan da campanha como forma de apelo para que as autoridades responsabilizem os envolvidos no caso. O protesto será feito todo dia 12 de cada mês.
INQUÉRITO
Isabele Ramos foi morta dentro do banheiro por um tiro de arma de fogo disparo pela amiga, que à época também tinha 14 anos, filha do empresário Marcelo Cestari. Inicialmente, o caso era tratado como acidental, mas as investigações apontaram que houve um acionamento do gatilho, o que descartou a versão da menor.
Cestari foi indiciado por quatro crimes, entre eles homicídio culposo, por ter deixado a filhar pegar a arma que resultou na morte de Isabele. Somados a outros crimes pelos quais foi indiciado (porte ilegal de arma, fraude processual e permitir uso de arma de fogo por menos de idade), ele oode pegar até 16 anos de prisão.
Já a menor que efetuou o disparo, responderá por ato infracional equivalente a homicídio. A punição prevista para o caso é de seis meses a cinco anos de internação.
O namorado da menor responderá por ato infracional equivalente a porte ilegal de arma de fogo, por ter se dirigido de sua residência à mansão da família Cestari com duas pistolas. O pai dele, segundo a PC, foi indiciado por omissão de cautela.