O Ministério Público Eleitoral (MPE) emitiu um parecer pela cassação do mandato do senador José Medeiros (Podemos). O posicionamento foi estabelecido numa ação que trata da suposta fraude na ata da convenção que escolheu o atual governador Pedro Taques (PSDB) para a candidatura ao Senado, em 2010.
A ação na Justiça Eleitoral relata uma possível fraude nas assinaturas que definiram a ordem dos suplentes da coligação “Mato Grosso Melhor Para Você” . Durante o registro, em julho de 2010, a ata original trazia Pedro Taques como cabeça de chapa, seguido pelo atual deputado estadual, Zeca Viana, como 1º suplente e o empresário de Sinop (501 km de Cuiabá), Paulo Fiúza, como 2º suplente.
Porém, em agosto de 2010, Zeca Viana desistiu de figurar como 1º suplente na chapa de Taques ao Senado para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
Com a desistência, Paulo Fiúza teria passado para a 1ª suplência e o então policial rodoviário federal, José Medeiros, ficaria com a 2ª suplência.
No entanto, há a suspeita de que a ata tenha sido fraudada, “passando” Medeiros para frente de Fiúza, em razão de suposta falsificação assinaturas dos membros da coligação.
A chapa foi vencedora em 2010. Depois, Pedro Taques disputou o governo de Mato Grosso em 2014 e foi eleito tendo que renuciar ao cargo de senador no início de 2015. José Medeiros assumiu seu lugar no Senado enquanto Paulo Fiúza afirmava que era ele que deveria assumir a vaga.
O parecer
O parecer está sob segredo de Justiça. O conteúdo foi confirmado ao Gazeta Digital por pessoas envolvidas no processo. (Reportagem de Arthur Santos da Silva, GD)