Mesmo declarada ilegal, professores decidem manter maior greve da história

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Os professores da rede estadual de educação decidiram, nesta segunda-feira (5), manter a greve por tempo indeterminado. Os profissionais afirmam que irão manter o movimento grevista em 79 municípios, mesmo diante do corte de ponto determinado pelo Poder Executivo, e da suposta ameaça de demissões em massa. A decisão foi oficializada em assembleia geral realizada em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Centro Político Administrativo, em Cuiabá.

Segundo os líderes do movimento, a ausência de proposta para o cumprimento da Lei 510/2013, que faz reajuste anual da inflação mais recomposição, visando garantir o aumento real de 100% nos salários, foi o fator fundamental para a continuidade do movimento paredista. Ainda conforme os professores, a greve que já dura 71 dias pode ser considerada a maior da história dos 54 anos do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT).

“As ameaças imprimem apenas o perfil do governo, que prefere punir os trabalhadores da educação com o corte de ponto, quando lutam pelos direitos, ao invés de apresentar proposta que assegure a lei 510/2013”, destacou o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira. O decreto de ilegalidade da greve emitido pela desembargadora Maria Erotildes Kneip, ampliou a indignação dos trabalhadores.

Os profissionais que participaram da assembleia seguiram realizando as manifestações em ato público. Em passeata saíram do TRT e seguiram pela avenida do CPA, subiram o viaduto da Secretaria de Fazenda (Sefaz), passaram em frente a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Palácio Paiaguás e Tribunal de Contas (TCE), finalizando no ponto inicial, onde permanecerão acampados.

A todo o momento os profissionais manifestaram a revolta e cobraram o cumprimento da Lei 510/2013 e a apresentação pelo Poder Executivo de uma proposta de negociação. “Sabemos que os pais estão preocupados, mas podem ficar tranquilos que estão assegurados os 200 dias letivos e as 800 horas. É um preceito legal e o calendário será cumprido assim que finalizar a greve”, concluiu Valdeir.

 

 

Fonte: Folha360

Foto: Divulgação

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